“A fonte energética nuclear é confiável”
"Presidente da
Eletronuclear aposta na expansão do setor, que deve ter 4 novas usinas até 2030
Diante do atual
cenário, em que o reservatórios das hidrelétricas já atingiu o menor nível
desde 2001, Othon Luiz Pinheiro, presidente da Eletronuclear não tem dúvidas de
que não existe outra opção se não a de crescer a geração nuclear.
“A demanda por
energia cresceu, mas o estoque se manteve o mesmo. As usinas nucleares têm uma
tarifa competitiva o que mostra que esse tipo de energia é confiável.”
Para o presidente,
a energia nuclear pode ser considerada a “prima” das hidrelétricas já que ambas
compartilham das mesmas características: exigem alto investimento e combustível
barato, no caso da nuclear o urano onde o Brasil possui a sexta maior reserva.
“A energia nuclear é uma fonte complementar de garantia forte. Mas é preciso
escolher as tecnologias certas, com reatores de qualidade.”
E atento as
garantias de qualidade, Pinheiros não descarta uma nova parada nas operações de
Angra 3, que recebeu no início do mês um financiamento de R$ 3,8 bilhões da
Caixa Econômica Federal e tem previsão para iniciar atividade em julho de 2016.
“Existe ainda
pontos de incertezas em relação a instrumentação e controle da central nuclear.
Só vamos ter certeza um pouco mais para frente.”
Mesmo diante de
incertezas, o presidente da Eletronuclear diz acreditar que 2013 será um bom
ano para a companhia. “No ano passado conseguimos trabalhar apenas duas
frentes: obra civil e suprimentos nacionais. Esperamos decolar neste ano atuando
na montagem eletromecânica e no suprimento internacional”, explica o executivo
que teve que atrasar a inauguração da usina por problemas judiciais.
Na visão do diretor
da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, a energia
nuclear, hoje responsável por 2,8% de participação na matriz energética, vai
ajudar a reduzir a dependência das hidrelétricas. “A nossa matriz energética é
dependente de chuva e o crescimento da energia nuclear pode ajudar a reduzir os
sustos.”
Expansão
Nos planos de
crescimento da geração nuclear está prevista a implantação de quatro novas
usinas até 2030, que devem colocar no sistema mais 4 mil megawatts (MW).
“Temos condições de
crescer e estamos preparados”, pondera Pinheiro.
O presidente afirma
que realizou um mapeamento onde foram identificados 40 possíveis locais para a
instalação das novas unidades. “A decisão é do governo”, lembra”.
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