Código Penal | Macau deve seguir exemplo da China, diz Leonel Alves
“Código Penal
| Macau deve seguir exemplo da China, diz Leonel Alves
O único
macaense presente na delegação de Macau que participou em Pequim na Conferência
Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) regressou ontem com boas
perspectivas na área do Direito.
Leonel
Alves destacou o debate em torno da proposta de revisão do Código do Processo
Penal na China, “uma matéria interessante que tem o seu impacto nacional e
internacional”. Para o deputado e advogado, a proposta para o novo diploma
contém “aspectos inovadores”, sendo que “Macau tem de seguir um bocado essa
orientação”, numa altura em que o mesmo diploma está a ser revisto no
território.
Uma das
mudanças contidas no novo diploma refere que todos os interrogatórios, feitos
pela polícia ou pelo Ministério Público, têm de ser gravados por via áudio e
vídeo. Outra alteração que os juristas chineses pretendem introduzir é a
obrigação de notificação dos familiares do detido em 24 horas. “Vai ser
introduzida esta regra que contém excepções, em caso de crimes graves, como corrupção,
terrorismo ou casos que envolvam a segurança nacional.” Para Leonel Alves,
Pequim mostra “uma abertura grande para modernizar o direito processual penal e
para conferir mais garantias aos cidadãos”.
Participação
mais activa
Na
reunião anual da CCPPC “o discurso foi no sentido de incentivar uma
participação mais activa de todos os membros de Macau e Hong Kong, para que
esta conferência se traduza em propostas com maior qualidade”, disse Leonel
Alves, sem esquecer a presença da expressão Ilha da Montanha nos discursos. “A
tradicional frase referente a Macau foi sobre a Ilha da Montanha, que não é
Macau. Enxertar a Ilha de Hengxin no parágrafo referente a Macau tem pouco
significado. Vamos ver como se pode desenvolver esta suposta ‘doação’, para
trazer mais espaço para que Macau possa desenvolver a sua economia numa
perspectiva de diversificação.” Para que Macau se torne um centro de turismo
internacional, há que criar “um aeroporto melhor e mais infra-estruturas”.
Leonel
Alves não mostrou descontentamento sobre a manutenção dos 12 lugares nas
eleições para a 12ª Assembleia Popular Nacional (APN), que decorrem em Janeiro
de 2013. “Não houve grandes alterações para que haja uma maior representação de
Macau no principal órgão legislativo da China. A solução aplicada neste momento
deverá manter-se nos próximos cinco anos.”
Lusofonia
com joint-ventures
Leonel
Alves acredita as cooperações económicas entre a China e os países de língua
portuguesa devem ir mais além. “Deve haver propostas mais concretas e projectos
como joint-ventures com parceiros de vários países. É algo que tem de ser mais
detalhado e concretizado.” Recorde-se que este mês Pequim anunciou que o Fórum
Macau ia dispor do Fundo de 7,65 mil milhões de patacas para futuros projectos
de cooperação econômica”.
http://hojemacau.com.mo/?p=30369.
Acesso: 18/7/2013
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