Réus comandavam célula jurídica da organização.
Dois réus denunciados após a Operação Ethos, que investigou o envolvimento de advogados e integrante de Órgão dos Direitos Humanos com facção criminosa, foram condenados pela 1ª Vara da Comarca de Presidente Venceslau a 30 anos de prisão em regime inicial fechado, cada um, pelos crimes de integrar organização criminosa e corrupção ativa.
De acordo com sentença do juiz Gabriel Medeiros, os dois acusados são integrantes da cúpula da facção criminosa, exercendo função de comando da célula jurídica a partir da unidade prisional onde já cumprem penas por crimes anteriores. Durante a operação foi revelado que a organização aliciou um representante dos Direitos Humanos, funcionário público por equiparação.
Segundo o magistrado, os réus “conseguiam transmitir recados e dar ordens de dentro dos presídios que estavam reclusos e com isso fomentar o tráfico de drogas (principal fonte de renda) e os diversos outros crimes praticados pela facção. Aliás, por meio da célula jurídica conseguiam fazer o suborno de funcionários públicos”.
“Estamos diante de uma organização criminosa absolutamente estruturada, inteligente, e que se infiltrou em diversos segmentos da sociedade, sendo que seu próprio estatuto repugna a delação”, continuou o juiz. “Essa organização integrada pelo réu configura verdadeiro estado paralelo, atuando severamente na prática de diversos outros crimes graves, como tráfico de drogas, roubos, homicídios, latrocínio, extorsão mediante sequestro, com regras dispostas em Estatutos, tudo a demonstrar a extrema reprovabilidade de suas condutas e a justificar a exasperação da reprimenda”, afirmou
Cabe recurso da decisão. Os réus não poderão apelar em liberdade.
Processo nº 0002467-65.2017.8.26.0483
> https://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=55453<.08/01/2019
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