15 – Art. 240: As disposições do art. 236 do novo Código Civil também
são aplicáveis à hipótese do art. 240, in fi ne.
16 – Art. 299: O art. 299 do Código Civil não exclui a possibilidade da
assunção cumulativa da dívida quando dois ou mais devedores se tornam
responsáveis pelo débito com a concordância do credor.
17 – Art. 317: A interpretação da expressão “motivos imprevisíveis”
constante do art. 317 do novo Código Civil deve abarcar tanto causas de
desproporção não previsíveis como também causas previsíveis, mas de
resultados imprevisíveis.
18 – Art. 319: A “quitação regular” referida no art. 319 do novo Código
Civil engloba a quitação dada por meios eletrônicos ou por quaisquer formas
de “comunicação a distância”, assim entendida aquela que permite ajustar
negócios jurídicos e praticar atos jurídicos sem a presença corpórea simultânea
das partes ou de seus representantes.
19 – Art. 374: A matéria da compensação no que concerne às dívidas
fi scais e parafi scais de estados, do Distrito Federal e de municípios não é regida
pelo art. 374 do Código Civil.
20 – Art. 406: A taxa de juros moratórios a que se refere o art. 406 é
a do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, um por cento ao
mês. A utilização da taxa Selic como índice de apuração dos juros legais não é
juridicamente segura, porque impede o prévio conhecimento dos juros; não é
operacional, porque seu uso será inviável sempre que se calcularem somente
juros ou somente correção monetária; é incompatível com a regra do art. 591 do
novo Código Civil, que permite apenas a capitalização anual dos juros, e pode ser incompatível com o art. 192, § 3º, da Constituição Federal, se resultarem
juros reais superiores a doze por cento ao ano.
21 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do
novo Código Civil, constitui cláusula geral a impor a revisão do princípio da
relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela
externa do crédito.
22 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo
Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do
contrato, assegurando trocas úteis e justas.
23 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo
Código Civil, não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou
reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais
ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana.
24 – Art. 422: Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art.
422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de
inadimplemento, independentemente de culpa.
25 – Art. 422: O art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo
julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós-contratual.
26 – Art. 422: A cláusula geral contida no art. 422 do novo Código Civil
impõe ao juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato
segundo a boa-fé objetiva, entendida como a exigência de comportamento leal
dos contratantes.
27 – Art. 422: Na interpretação da cláusula geral da boa-fé, deve-se
levar em conta o sistema do Código Civil e as conexões sistemáticas com outros
estatutos normativos e fatores metajurídicos.
28 – Art. 445 (§§ 1º e 2º): O disposto no art. 445, §§ 1º e 2º, do Código
Civil refl ete a consagração da doutrina e da jurisprudência quanto à natureza
decadencial das ações edilícias.
29 – Art. 456: A interpretação do art. 456 do novo Código Civil permite
ao evicto a denunciação direta de qualquer dos responsáveis pelo vício.
30 – Art. 463: A disposição do parágrafo único do art. 463 do novo Código
Civil deve ser interpretada como fator de efi cácia perante terceiros.
31 – Art. 475: As perdas e danos mencionados no art. 475 do novo Código
Civil dependem da imputabilidade da causa da possível resolução.
32 – Art. 534: No contrato estimatório (art. 534), o consignante transfere
ao consignatário, temporariamente, o poder de alienação da coisa consignada com opção de pagamento do preço de estima ou sua restituição ao fi nal do
prazo ajustado.
33 – Art. 557: O novo Código Civil estabeleceu um novo sistema para a
revogação da doação por ingratidão, pois o rol legal previsto no art. 557 deixou
de ser taxativo, admitindo, excepcionalmente, outras hipóteses.
34 – Art. 591: No novo Código Civil, quaisquer contratos de mútuo
destinados a fi ns econômicos presumem-se onerosos (art. 591), fi cando a taxa
de juros compensatórios limitada ao disposto no art. 406, com capitalização
anual.
35 – Art. 884: A expressão “se enriquecer à custa de outrem” do art.
886 do novo Código Civil não signifi ca, necessariamente, que deverá haver
empobrecimento.
36 – Art. 886: O art. 886 do novo Código Civil não exclui o direito à
restituição do que foi objeto de enriquecimento sem causa nos casos em que os
meios alternativos conferidos ao lesado encontram obstáculos de fato.
Jornadas de direito civil_16.07.2018.indd;Acesso: 23/06/2019
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