Geralmente as datas têm significados sublimes,mas muitas pessoas desconhecem a origem das mesmas e o porquê de sua escolha.Em agosto,um mês complexo,mês do cachorro louco,mês que Getúlio Vargas suicidou- se que Juscelino morreu em um acidente de carro e assim por diante.Em cenário tão complicado,inventaram então no segundo domingo deste mês, o Dia dos Pais,aquele ser enigmático e distante. Nossa civilização machista no poder mas de alma sentimental, optou pela ternura da mãe, deixando o pai na reserva estratégica do afeto.Até o comércio tão astuto nas comemorações das mais diversas datas,não sabe o que fazer para exaltar e promover a figura esquecida do pai.Falar do pai é uma grande dificuldade, tendo-se em vista que no filme social e no dia a dia,ele sempre aparece como coadjuvante, quando seu imenso desejo é fazer o papel principal.Pai, um parceiro necessário, uma ternura estranha que navega na contramão do anoitecer,sempre preocupado em antecipar o amanhecer.Pai,lágrima calada no silêncio que esconde sua fragilidade,a luta permanente para viver a fortaleza interior sugerida pela mãe ao filho homem,visando dar- lhe o melhor possível nos árduos caminhos da vida.É ele o Pai,esquecido até mesmo pela literatura universal, porém certamente,em algum tempo de fato o pai terá o seu Dia,quando então o filho descobrirá que o pai é também uma verdadeira mãe... AUGUSTO FILIPPO.
Autor: Augusto Filippo. ( Advogado, Mestre em Direito com Pós Graduação em Direito Público, Univ.Salesiana, Pós Direito Família e Sucessões EPD/SP. Especialização em Direito Imobiliário, EPD/SP Especialização em Filosofia Política, PUC/SP).
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