domingo, 16 de dezembro de 2012


Prof. Marcio Vasconcelos - Autor do livro Conhecimentos Gerais e Atualidades, da Editora Ferreira, é licenciado e bacharelado em História pela Universidade Gama Filho e pós-graduado em Administração Escolar pela Universidade Cândido Mendes.

A energia nuclear é um processo de transformação do núcleo atômico para a geração de energia elétrica , atualmente 16% da energia elétrica produzida no mundo é proveniente de usinas nucleares. São 440 usinas nucleares espalhadas pelo mundo com destaque para EUA, França, Japão e Rússia.

Muitas instituições ambientais defendem a utilização desse tipo de energia, pois a energia nuclear não gera gases do efeito estufa, não alagam enormes áreas para a formação de reservatórios, e não utiliza combustíveis de origem fóssil não renovável entre outros aspectos.

Os grandes problemas que envolvem a produção de energia elétrica a partir de usinas nucleares são os resíduos nucleares que exigem uma série de cuidados especiais e os possíveis acidentes com exposição de material radioativo. Na era nuclear, tivemos três grandes acidentes nucleares que chamaram a atenção para as autoridades mundiais sobre as vantagens e desvantagens no uso desse método de geração de energia elétrica.

O primeiro grande acidente ocorreu em março de 1979, no estado norte-americano da Pensilvânia, na usina nuclear de Three Mile Sland. Devido a problemas no sistema não nuclear e a erros humanos, houve um superaquecimento do reator com um conseqüente vazamento de radioatividade para o ar e água radioativa para o Rio Susqueranna. Foram evacuadas cerca de 140 mil pessoas num raio de 15 Km no entorno da usina.

Um segundo acidente ocorreu na então URSS, em 1986, na cidade de Chernobil, atualmente na Ucrânia. Nesse caso, os fatores que levaram a este acidente foram erros de projetos em conjunção com erros humanos causando uma explosão no reator nº 4 da usina lançando uma nuvem radioativa perceptível em vários países da Europa. Nesse acidente foram removidas aproximadamente duzentas mil pessoas num raio de 30 KM da usina. Em 11 de março de 2011, o Japão sofreu um terremoto de 9.0 da escala Richter, com epicentro a 130 Km da costa oeste japonesa, acompanhado de um maremoto (tsunami) que minutos depois atingiu a costa.

Esse maremoto danificou o sistema de resfriamento da usina nuclear de Fukushima, localizada na província de Fukushima no litoral oeste do Japão. Com isso houve um superaquecimento nos três reatores da usina acompanhados de explosões que expuseram material radioativo do núcleo do reator na atmosfera, houve também derramamento de água contaminada com elevados índices de radioatividade no Mar do Pacífico. O governo japonês evacuou a população num raio de 20 Km.

Os efeitos colaterais na sociedade e economia japonesa podem ser catastróficos, tanto na questão da saúde de milhares de pessoas, como também em prejuízos que possam ocorrer em diversas áreas produtivas que vão desde a agricultura da região, passando pela pesca em alto mar e chegando a produção industrial.

Além do acidente nuclear propriamente dito, o Japão procura se recuperar também dos estragos ocasionados em outras regiões do país pelo Tsunami, que destruiu casas, estradas, plantações e até um aeroporto. Os estragos podem diminuir a produtividade industrial japonesa, atingir setores ligados a pesca e a agricultura, assim como o turismo.

No aspecto econômico, o Japão que já sofria com os efeitos colaterais do pós crise financeira mundial, com uma recuperação econômica tímida e com índices de crescimentos baixos que giravam entorno de 1,5% para 2011, certamente viverá um cenário de agravamento das conseqüências previstas pela crise. Recessão, falências, desemprego e desconfianças podem diminuir o PIB japonês em 2011e afetarão o desempenho econômico japonês”. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Qualquer sugestão ou solicitação a respeito dos temas propostos, favor enviá-los. Grata!