NOTA DE FALECIMENTO. Amigos, com muita tristeza informo que o
nosso amigo, colega e vice-presidente da OAB Santo Amaro, Zacarias Filho,
faleceu hoje, dia 29/12/13. O velório ocorrerá a partir das 22h00 na Igreja
Anglicana, sito na Rua Comendador Elias Zarzur, 1239 e o enterro será amanhã às
16h00 no Cemitério Parque dos Girassóis.
Nota de Falecimento A OAB Santo Amaro perde seu Vice Presidente A OAB SP – Subseção de Santo Amaro comunica, com pesar hoje, 29 de dezembro de 2013 o passamento do Dr. Zacarias Sebastião Filho. O Dr. Zacarias exercia o cargo de Vice-presidente de nossa Subseção desde 2010. Exerceu o cargo com muita competência e dedicação. Deixa mulher e filhos. O velório será realizado hoje 29/12/13, a partir das 22h00, na Igreja Anglicana de Santo Amaro. Rua Comendador Elias Zarzur, 1239, em Santo Amaro, Perdemos um amigo, sempre cordial e elegante no trato com as pessoas, além de um grande advogado, foi uma pessoa muito especial, deixará muita saudade!! Cláudio Schefer Presidente OAB Santo Amaro www.facebook.com/OAB.StoAmaro?fref=ts.
O município de Contagem deverá indenizar um portador de paralisia cerebral e sua mãe, em R$ 50 mil, cada um, pelos danos morais decorrentes de negligência e imperícia médicas. Ficou evidenciado nos autos que a sequela na criança teve a sua origem na ausência de pronto atendimento e na escolha de procedimentos inadequados no momento do parto. A decisão é da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que considerou a responsabilidade do município.
Conforme constam dos autos, E.M.R. dirigiu-se à Maternidade Municipal de Contagem, em 3 de outubro de 2005, com fortes contrações. Atendida pelo médico de plantão, foi medicada com soro. Apesar de a bolsa amniótica ter se rompido no dia 4, apenas no dia seguinte foi iniciada a indução medicamentosa do parto seguida de tentativa de parto natural com fórceps. Diante do insucesso das tentativas, a gestante foi submetida ao parto cesariano de urgência, ocorrendo sofrimento fetal agudo durante o parto.
Em Primeira Instância, o município foi condenado ao pagamento de R$ 100 mil pelos danos morais, sendo R$ 50 mil para cada um, bem como indenização vitalícia de dois salários mínimos para a criança, a título de alimentos, desde a data do seu nascimento. Inconformado, o município apelou da decisão, alegando ausência de responsabilidade de sua parte, uma vez que não houve negligência, omissão de cuidado ou de socorro que possa ter contribuído para os danos à criança.
Negligência
Ao analisar o caso, o relator da ação, desembargador Corrêa Júnior, destacou o laudo técnico da perícia médica judicial, segundo o qual, em decorrência da demora no atendimento e na realização do parto, ocorreu sofrimento fetal agudo por hipoxia isquêmica neonatal, o que motivou a paralisia cerebral da criança.
O magistrado destacou que, conforme o relatório realizado pela própria maternidade, o recém-nascido apresentou convulsões de difícil controle no segundo dia de vida e precisou receber transfusões de concentrado de hemácias. Acrescentou que o bebê só recebeu alta após 25 dias de internação, com recomendações para que fizesse controle neurológico e cardiológico ambulatorial, em razão das sequelas da paralisia cerebral.
Para o relator, as provas trazidas aos autos demonstram que o erro médico ficou caracterizado. Argumentou que dados do pré-natal e dois exames de ultrassom, ambos sem alterações, comprovam que o feto estava bem e saudável, além disso o peso e o comprimento do bebê eram normais, portanto “são indicativos indiretos da sanidade da criança”.
Ainda em seu voto, o desembargador Corrêa Júnior ressaltou que, de acordo com a perícia médica, o hospital já tinha conhecimento da desproporção céfalo-pélvica (DCP) da gestante – indicativo da dificuldade ou do impedimento do parto natural. Assim, com a DCP previamente diagnosticada, o parto cesariano teria que ser o procedimento de escolha.
Quanto à fixação do montante de dois salários mínimos mensais para a pensão do menor, o relator entendeu que o valor encontra-se adequado às necessidades da criança. Acompanharam o voto do relator os desembargadores Edilson Fernandes e Antônio Sérvulo.
A decisão de Segunda Instância reformou a da Primeira somente no que se refere à incidência de juros e correção monetária sobre os valores a serem pagos.
A 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo garantiu a uma mulher o direito de assumir o cargo de técnica em Patologia Clínica após aprovação em concurso público na cidade de Campinas. A Secretaria Municipal de Recursos Humanos havia negado a posse sob o argumento de que a formação escolar da candidata era incompatível com a exigida no edital – conclusão de ensino médio e de ensino profissional em Patologia Clínica, além de comprovação de registro profissional.
A autora da ação alegava que tinha formação superior em Biomedicina e, portanto, estaria apta para o exercício da função. Conseguiu em primeira instância o direito à posse, mas a Prefeitura recorreu ao TJSP pedindo a reforma da sentença.
O voto do relator do recurso, desembargador Luiz Sergio Fernandes de Souza, destacou que uma das disciplinas que integram a grade curricular do curso de Biomedicina é a Patologia. “Há de se ter em conta que a formação universitária inclui até mesmo estágios supervisionados no campo de Técnicas Microscópicas e Processos Patológicos, como se colhe da documentação juntada aos autos”, disse.
O desembargador também mencionou que a impetrante comprovou a realização de 534 horas de estágio em laboratório no Centro Universitário Hermínio Ometto, e, ainda, seu registro no conselho de classe. “Não bastasse, o Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região, em ofício expedido em 20 de março de 2013, declara que a impetrante se encontra apta ao exercício da Patologia Clínica.”
Da turma julgadora participaram os desembargadores Magalhães Coelho e Coimbra Schmidt. O julgamento, que teve votação unânime, ocorreu no último dia 2.
No último dia 12, o juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, da 29ª Vara Criminal Central de São Paulo, condenou um homem a dois anos e quatro meses de reclusão e sete meses de detenção, em regime inicial semiaberto, além do pagamento de 11 dias-multa, por corrupção ativa (artigo 333, “caput”, do Código Penal) e por dirigir sem habilitação (artigo 309 do Código de Trânsito Brasileiro).
De acordo com a denúncia, o acusado dirigia sem a devida autorização e, ao ser abordado por policiais militares, ofereceu a quantia de R$ 850 para que ele e sua moto fossem liberados. Em juízo, o réu admitiu que estava sem habilitação, mas negou ter oferecido dinheiro aos PMs, afirmando que teria sido agredido e ameaçado.
Em sua sentença, o magistrado reitera que “a versão do acusado restou isolada nos autos” e que ficou provada a autoria do delito de corrupção. “Veja-se que nenhum motivo existe para duvidar da seriedade e imparcialidade dos depoimentos policiais: seria preciso mais que a simples e já cansada afirmação de precipitação ou arbitrariedade policial; haveria que ser trazido um indício mais forte, uma asseveração idônea, coesa, coerente para demonstrar que os milicianos teriam interesse em incriminar falsamente o increpado.”
Os juizados especiais instalados nos dois aeroportos em São Paulo – Congonhas e Cumbica – registraram, de 20 a 26 de dezembro, 231 reclamações, com acordos em 45 delas, atingindo percentual de 19% de conciliações. No mesmo período foram prestados 240 atendimentos para orientações aos passageiros.
A falta de assistência pelas companhias aéreas (71) e a falta de informações (65) foram os fatos mais reclamados. Passageiros também procuraram os juizados por atrasos de voos (33) e problemas com bagagem (23), entre outros tipos de demandas. O overbooking foi a situação menos relatada (12).
Os juizados foram instalados em 2010, por meio do Provimento nº 11 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em razão do crescente aumento de reclamações relacionadas ao serviço de transporte aéreo.
Os postos de atendimento em São Paulo funcionarão em horário especial até 6 de janeiro. Confira:
Juizado em Congonhas
Horário: das 9 às 22 horas
Local: Mezanino do saguão principal, ao lado da agência dos Correios
Telefone: (11) 5090-9803
Juizado em Cumbica
Horário: das 9 às 23 horas
Local: Terminal 1, Asa 'B', corredor que fica atrás dos balcões de check-in das empresas aéreas, perto do posto médico
"Ataque a bomba provoca mais de dez mortes em estação de trem na Rússia
Por iG São Paulo| - Atualizada às
Ao menos 13 morreram em ataque a estação de trem em Volgogrado, onde outro ataque matou seis em outubro
Ao menos 13 pessoas morreram no ataque de uma mulher-bomba ao hall de entrada da estação central de trem da cidade de Volgogrado, no sul da Rússia, por volta das 12h45 hora local (6h45 horário de Brasília) deste domingo (29), de acordo com autoridades locais. Um porta-voz do Ministério de Saúde disse à emissora Rossiya-24 que ao menos 50 pessoas ficaram feridas. Nenhum grupo reivindicou ainda a autoria do ataque.
Um comitê investigativo estatal disse que a suicida detonou os explosivos em frente a um detector de metal dentro da principal entrada da estação de Volgograd. Imagens de TV mostraram uma grande bola de fogo que encheu de fumaça o hall de entrada da estação.
Este é o segundo ato terrorista registrado no país em três dias. Na sexta-feira (27), um carro-bomba matou três na cidade russa de Pyatigorsk, 270 km a leste de Sochi.
Em outubro, também em Volvogrado, seis pessoas morreram e 30 ficaram feridas em um outro ataque a um ônibus provocado por uma mulher-bomba.
O ato deste domingo aumenta ainda mais a preocupação em torno de possíveis atos terroristas durante os Jogos Olímpicos de Inverno que serão disputados a partir de 7 de fevereiro na cidade de Sochi, no Mar Morto.
Volgogrado é uma cidade de 1 milhão de habitantes, a cerca de 690 km a nordeste de Sochi. A localidade fica perto do Cáucaso Norte, uma faixa povoada por províncias muçulmanas afetadas por violência diária e uma antiga insurgência islamita. O líder insurgente Doku Umarov, um militante checheno, pediu a rebeldes em um vídeo publicado na Internet em julho a usar "força máxima" para impedir que Putin apresente-se nas Olimpíadas.
"GM demite centenas de funcionários por telegrama na véspera de Natal
Cortes ocorreram na fábrica de São José dos Campos; montadora afirma que medida foi acordada com trabalhadores, mas sindicato questiona
Agência Estado-|
A General Motors demitiu centenas de trabalhadores por telegrama no último fim de semana do ano na fábrica de São José dos Campos (SP). Os demitidos eram da linha de montagem de veículos de passageiros (conhecida como MVA), onde era fabricado o modelo Classic.
Os trabalhadores receberam telegramas informando que a partir do dia 31 de dezembro eles estarão demitidos, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros.
Barros disse que o sindicato não foi comunicado das demissões e que vai entrar na Justiça do Trabalho pedindo o cancelamento dos cortes. Segundo ele, a fábrica está promovendo "demissão em massa".
O presidente do sindicato não sabe quantos trabalhadores estariam sendo cortados. Mas, de acordo com ele, a linha de produção do Classic empregava 750 pessoas, sendo que 304 já teriam aderido ao programa de demissão voluntária.
O restante, segundo o sindicato, estava em licença remunerada. No dia 23 de dezembro, eles foram informados pela empresa que iniciariam um período de férias coletivas entre os dias 2 e 20 de janeiro.
"A decisão da companhia nos pegou de surpresa", disse Barros.
"Estamos cumprindo o acordo assinado com o sindicato em janeiro deste ano", afirmou o diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan. Segundo ele, as demissões fazem parte do fim da linha de produção do MVA em São José dos Campos. Moan não soube precisar o número de demitidos.
Em nota, a GM informou que, "conforme o acordo de 28 de janeiro de 2013, com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a GM comunica o encerramento das atividades da linha de montagem de veículos de passageiros (conhecida como MVA) ao final de dezembro de 2013".
O presidente do sindicato lembrou que a demissão dos trabalhadores ocorre quatro dias após o governo ter decidido voltar com a cobrança, de forma gradual, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Segundo Barros, a volta da cobrança do imposto em duas etapas – e não imediatamente – estaria vinculada ao compromisso de manutenção de empregos por parte das montadoras. Esse será o argumento do sindicato para contestar judicialmente as demissões. Na sua avaliação, com os cortes na GM esse compromisso teria sido quebrado.
No caso do carro popular, a alíquota a partir de janeiro passa de 2% para 3% e, em julho sobe para 7%".
Consultores dão dicas de como conseguir uma nova oportunidade no mercado de trabalho e fazer uma transição tranquila
Murilo Aguiar- iG São Paulo|
Ano novo, vida nova. É esta a resolução de muitas pessoas durante a passagem de um ano para o outro. Com 43% dos brasileiros passando, em média, entre 9 e 11 horas por dia trabalhando, e outros 17% gastando ainda mais de 11 horas diárias no trabalho, de acordo com pesquisa feita em 2011 pela consultoria Regus, uma das maneiras de renovar o modo de vida é mudando a rotina profissional ou até mesmo trocando de emprego.
Segundo pesquisa feita neste ano pela Right Management, empresa especialista em gestão de carreiras, de 871 trabalhadores entrevistados nos Estados Unidos e Canadá, 83% demonstraram ter “total intenção de mudar de emprego” em 2014. No entanto, a consultora sênior e gerente da área de carreira da Right Management, Telma Guido, lembra que se a pesquisa fosse realizada no Brasil, o percentual de profissionais querendo trocar de empresa não seria tão alto. “Quando a economia muda para um cenário mais favorável, que é o caso dos EUA hoje, as pessoas ficam mais ávidas em fazer a troca para algo que elas consideram melhor”, comenta.
Além disso, a passagem de ano também influencia o aumento do desejo de mudança. “É natural que as pessoas queiram transitar de uma organização para outra, até como um marco de finalização de ano e expectativa de uma nova vivência em um próximo período”, diz a consultora.
Para a revisora Bárbara Waida, de 27 anos, 2013 trouxe a mudança desejada por muitos. Em outubro deste ano, após um ano e dez meses trabalhando como analista de comunicação em uma consultoria em marketing de relacionamentos de São Paulo, a estudante de Letras conseguiu um novo emprego como revisora júnior em uma empresa especializada em educação corporativa. “Eu queria mudar já há 4 meses. Estava cansada do tipo de trabalho que fazia lá e percebi também que eu fazia muito e ganhava muito abaixo do mercado, então comecei a ficar desmotivada e querendo procurar uma coisa melhor”, conta Bárbara.
Durante os meses em que esteve à procura de uma nova oportunidade de trabalho, a revisora cadastrou o seu currículo atualizado em sites de oferta de emprego. Além disso, também usufruiu da sua rede de relacionamentos como ferramenta de busca, mas de forma selecionada, para manter a discrição e por não estar aberta a negociações na companhia para a qual trabalhava. “Contei [que estava procurando emprego] para as pessoas que eram mais próximas e que eu considerava ter uma relação pessoal fora do campo profissional, inclusive para minha ex-chefe, que já não trabalhava mais na empresa em que eu estava”, diz Bárbara, que conseguiu a entrevista que resultou em seu novo trabalho graças à indicação de sua ex-coordenadora.
Para a entrevista, Bárbara conta que chegou a realizar uma pesquisa sobre a companhia, mas não muito aprofundada. “Eu não conhecia a empresa até então. Foi um tiro no escuro. Eu dei muita sorte, porque eu estou gostando muito de trabalhar lá”, avalia a revisora.
Pesquisar é a chave do negócio
Diferentemente do que aconteceu com a Bárbara Waida, nem todo mundo que realiza a troca de emprego tem uma boa experiência. Para minimizar os riscos de se arrepender, o profissional que deseja trocar de corporação precisa estar atento a uma série de fatores.
Para Patrícia Volpi, consultora e sócia da GNext, empresa recrutadora de executivos, o maior erro que as pessoas cometem na busca por uma nova oportunidade é o de não realizar uma boa pesquisa sobre a nova empresa. “A questão não é só você conseguir um emprego ou passar na entrevista, mas sim entender para onde você está indo e o que está indo fazer, qual será sua área de atuação, em que ambiente você está sendo inserido, para onde a empresa está indo. A questão de alinhamento de valores não é só uma teoria, é uma necessidade real”, comenta.
Porém, para que a pesquisa seja bem sucedida, é preciso que o profissional entenda os reais motivos de querer deixar a empresa atual. Segundo Patrícia, o trabalhador precisa saber quais necessidades busca para sua carreira e que a empresa atual não entrega, como, por exemplo, ter mais autonomia, ser mais desafiado intelectualmente, poder gerenciar pessoas ou até mesmo uma remuneração maior. Ao chegar a essa conclusão, a pessoa conseguirá ir atrás das oportunidades que realmente lhe interessam, aumentando as chances da troca ser bem sucedida.
Planejamento financeiro
Uma das maiores preocupações de quem está pensando em mudar de emprego é a questão financeira, principalmente quando o salário do profissional complementa a renda familiar, dificultando a decisão de deixar seu emprego atual e assumir novos desafios. “Financeiramente as pessoas deveriam se preparar sempre, mas em especial quando se faz uma mudança, pelo fato de você não saber se ela será positiva. Sempre existe um risco”, observa Telma Guido.
De acordo com a consultora, o mais importante é que exista um consentimento entre os familiares ou dependentes na decisão pela mudança, deixando todos preparados para uma possível queda no padrão de consumo. “Se der certo, todo mundo fica feliz, mas se não der, isso foi anteriormente combinado com as pessoas mais próximas”, diz ela.
Além disso, por maior que seja o desejo de sair da empresa atual, é recomendável que o profissional mantenha-se empregado enquanto busca pela nova oportunidade. Ainda que desta maneira o tempo disponível para a procura seja limitado, o impacto da transição na renda familiar será menor do que quando a pessoa deixa o emprego antes de outro em vista. Porém, para quem optar por sair da organização em que está, é aconselhável ter disponível recursos financeiros o suficiente para se manter por, no mínimo, seis meses sem uma nova renda.
O famoso “Quem Indica”
Fora as ferramentas mais conhecidas para encontrar as vagas disponíveis no mercado e se fazer visível para possíveis empregadores, como os classificados dos jornais, sites de anúncios de emprego, consultorias e o cadastramento de currículos que algumas companhias têm, a famosa indicação também pode ser uma boa aliada.
Normalmente, as empresas valorizam indicações dos próprios funcionários, por acreditarem que eles já conhecem a cultura da organização e sabem o que elas buscam em um colaborador. Manter a rede de relacionamentos informada de sua decisão de mudar de emprego aumenta as chances do profissional de ser indicado por um conhecido, como no caso da revisora Bárbara Waida.
Porém, a pessoa precisa manter a discrição e não expor para todos o desejo de deixar a companhia atual, para não ser mal interpretada pelos chefes. “Você não vai falar com todo mundo, vai falar só com quem acredita que possa lhe ajudar e mantenha confidencialidade da sua busca”, aconselha a consultora Telma Guido.
Dependendo da cultura da empresa atual e da relação que mantém com seus líderes, caso o profissional se sinta seguro, ele pode conversar sobre o seu desejo de buscar novos desafios em outra organização. “Isso mostra sua maturidade, ética e integridade como profissional. Além disso, às vezes existe uma oportunidade dentro da própria empresa, ou eles mesmos podem ser a sua recomendação para seu novo trabalho”, comenta Patrícia Volpi.
Saia com elegância
Mesmo após localizar uma nova oportunidade e optar por deixar o emprego, é importante que o profissional tenha respeito à organização anterior e notifique a empresa sobre sua saída, deixando claro quais foram as razões que o motivaram a sair. Foi o que a estudante Bárbara Waida fez quando marcou uma conversa com sua ex-coordenadora. “Eu expliquei para ela que para minha carreira seria melhor e que o cargo que eu teria na nova empresa era mais condizente com o que eu queria para o meu futuro. Ela ficou um pouco chocada, não estava esperando, mas entendeu”, conta a revisora.
Também é aconselhável que o funcionário avise com o máximo de antecedência possível, para que haja tempo o suficiente para encontrar alguém capaz de ocupar a sua vaga e para passar as suas responsabilidades para o sucessor. “Com isso, você está cuidado da sua reputação, da sua imagem como profissional sério que você é ou deveria ser”, recomenda Telma Guido.
Para Patrícia Volpi, esta atitude também mostra que a pessoa entende a responsabilidade daquilo que ela fazia na empresa. “A sua saída também tem um impacto dentro da empresa, então é importante você conversar com aqueles que estão apostando em você”, avalia.
Mudar de área requer ainda mais dedicação
Para quem projeta não apenas trocar de emprego em 2014, mas também mudar a sua área de atuação, as dificuldades a serem superadas são ainda maiores. Para começar, é preciso ter certeza de que a nova área é realmente a de interesse do profissional.
Segundo o consultor organizacional e sócio da Alliance Coaching, Silvio Celestino, a pessoa precisa ser capaz de responder a três questões antes de decidir mudar de área: 1 - Quais são os ambientes que você vai frequentar? 2 - Quais são as pessoas que você vai encontrar por estar dentro dessa área? 3 – Quais são os assuntos que você vai lidar com essas pessoas dentro desses ambientes? “Se você consegue se ver em um filme que tenha esses elementos e isso lhe dá muita energia e seria capaz de passar um tempo indeterminado fazendo isso, você chegou na área que deseja”, comenta ele.
No entanto, como a mudança é brusca, todo o planejamento precisa ser redobrado para que o impacto da transição seja o menor possível. “Você precisa criar toda uma nova rede de relacionamentos nessa nova área. Isso exige que você abandone o seu networking atual. Outro aspecto é que você sai de uma área em que é considerado um profissional sênior e na nova será considerado um iniciante. Até recuperar toda a sua renda, demorará cinco anos em média”, observa Celestino.
Além disso, o consultor lembra que nem todas as empresas valorizam os profissionais que optam por trocar completamente de campo de atuação. “Nós sabemos que temos nossos hobbies, nossos estudos paralelos e que podemos fazer muito mais do que está no nosso currículo, mas, infelizmente, as empresas ainda não estão preparadas para enxergar a sua aptidão fora da sua área de formação”, diz ele.
Optar por fazer um curso de especialização na nova área, como uma pós-graduação ou um MBA, pode ser uma boa solução para ser mais valorizado pelas organizações. “Se você for fazer uma nova faculdade, vai estudar com pessoas que também não estão na área e não têm muito como lhe ajudar. Por outro lado, se fizer uma pós-graduação, além de aprender a nova área, do seu lado estará sentado um cara que já trabalha na área e, quem sabe, tem um bom networking e pode vir a oferecer uma oportunidade para você", recomenda Celestino.
Apesar de todas as dificuldades, mudar de área não é impossível. A pessoa deve se lembrar que a insatisfação em relação ao seu atual emprego afeta não só o seu desempenho profissional, mas também o pessoal. Portanto, buscar trabalhar na área que realmente gosta e em uma empresa cuja cultura é alinhada com seus valores pessoais é sempre recomendável".