sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"Como funcionam as investigações da cena do crime

"Como funcionam as investigações da cena do crime
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução sobre investigações da cena do crime

Imagem cortesia do FBI
Em shows de TV como o seriado "CSI", os telespectadores assistem peritos encontrando e coletando provas na cena do crime, fazendo o sangue aparecer como se fosse uma mágica e colhendo informações de todas as pessoas nas proximidades. Muitos de nós acreditam entender bem o processo e há rumores de que os bandidos estão enganando os mocinhos usando as dicas que aprendem nestes programas.
Mas será que Hollywood está mostrando o processo corretamente? Será que os peritos de cena do crime encaminham as suas amostras de DNA ao laboratório? Será que interrogam suspeitos e capturam maus elementos ou o seu trabalho se restringe somente a coletar evidências físicas? Neste artigo, examinaremos o que realmente acontece quando o perito "processa" a cena do crime e você terá uma visão geral da investigação, descrita pelo investigador-geral do Colorado Bureau of Investigation (Escritório de Investigação do Colorado, nos EUA).
Agradecimentos!
Especial agradecimento ao Sr. Joe Clayton, perito-chefe e agente laboratorial do Colorado Bureau of Investigation, pela sua generosa ajuda neste artigo.
Noções básicas sobre investigações da cena do crime 
Quem vai à cena do crime?
Os policiais geralmente são os primeiros a chegar na cena do crime. Eles prendem o criminoso, caso ainda esteja lá, e chamam uma ambulância se for necessário. Eles são responsáveis pela segurança do local para que nenhuma prova seja destruída.
unidade de períciadocumenta a cena do crime em detalhes e recolhe qualquer prova física.
promotor público está sempre presente para ajudar a determinar se os peritos necessitam de algum mandado de busca e apreensão, a fim de providenciar este documento com um juiz.
médico legista (no caso de homicídio) pode estar presente ou não para determinar a causa preliminar da morte.
Os especialistas(entomologistas, cientistas forenses, psicólogos forenses) podem ser chamados se as provas requererem análises de especialistas.
Os detetives interrogam as testemunhas e consultam os integrantes da perícia. Eles investigam o crime seguindo os indícios fornecidos pelas testemunhas e pelas evidências físicas. 
A investigação da cena do crime é o ponto de encontro entre a ciência, a lógica e a lei. "Processar" a cena do crime leva muito tempo e é tedioso, pois envolve informações sobre as condições do local e a coleta de todas as evidências físicas que podem de alguma forma esclarecer o que aconteceu e apontar quem o fez. Não há cena de crime típica, não há provas típicas nem abordagem investigativa típica.
Em uma cena de crime, o perito pode coletar sangue seco de uma vidraça, sem deixar seu braço esbarrar no vidro, para o caso de lá ainda existirem impressões digitais; retirar um fio de cabelo da jaqueta da vítima usando uma pinça, para que o tecido não se mexa e o pó branco caia (que pode ser cocaína ou não) das dobras da manga; usar uma marreta para quebrar a parede que parece ser o ponto de origem de um odor terrível.
Durante todo o processo, a prova física é somente parte da equação. O objetivo final é a condenação do criminoso. Então, enquanto o perito raspa o sangue seco sem estragar nenhuma impressão digital, remove fios de cabelo sem mexer em uma só prova e quebra uma parede da sala, ele está levando em consideração todas as etapas necessárias para preservar as provas na forma original, de como o laboratório pode fazer com que estas provas sejam usadas para reconstruir o crime ou identificar o criminoso aos aspectos legais envolvidos, para que as provas sejam admissíveis pela justiça.
A investigação de uma cena de crime começa quando o centro de investigação recebe um chamado da polícia ou dos detetives do local do crime. O sistema funciona mais ou menos assim:
  • o perito investigador (CSI em inglês) chega ao local do crime e se certifica se este foi preservado. Ele faz umreconhecimento inicial da cena do crime, para verificar se alguém mexeu em alguma coisa antes da sua chegada; elabora teorias iniciais com base no exame visual; faz anotações de possíveis provas e não toca em nada;
  • o perito documenta cuidadosamente a cena, tirando fotografias e desenhando esboços em um segundo reconhecimento. Às vezes, a fase da documentação inclui também uma gravação em vídeo. Ele documenta o local como um todo, assim como qualquer coisa que seja identificada como uma evidência e ainda não toca em nada;
  • agora é hora de tocar os objetos, mas com muito cuidado. O perito sistematicamente abre caminho, recolhendo todas as provas possíveis, etiquetando-as, registrando-as e embalando-as para que permaneçam intactas até chegarem ao laboratório. Dependendo da distribuição de tarefas determinadas pelo centro de investigação, o perito poderá ou não analisar as evidências no laboratório;
  • laboratório criminal processa todas as provas que o perito recolheu no local do crime. Quando os resultados ficam prontos, eles são enviados para o detetive responsável pelo caso.
Cada centro de investigação faz a divisão entre o trabalho de campo e o trabalho no laboratório de formas diferentes. O que ocorre no local do crime é chamado de investigação da cena do crime (ou análise da cena do crime) e o que ocorre no laboratório é chamado de ciência forense. Nem todos os peritos em cena do crime são cientistas forenses. Alguns fazem somente trabalho de campo (recolhem as provas e as entregam ao laboratório forense). Nesse caso, ele deve entender sobre ciência forense para reconhecer o valor específico dos vários tipos de provas. Em muitos casos, porém, os trabalhos são semelhantes.
Joe Clayton é o perito-chefe em cenas de crime do Colorado Bureau of Investigation (CBI). Ele tem 14 anos de experiência e é também especialista em certas áreas da ciência forense. Como Clayton explica, o seu papel na análise laboratorial varia de acordo com o tipo de prova que ele recolhe no local do crime.
    Dependendo que exames científicos são necessários ou solicitados, posso participar do "trabalho de bancada" quando a prova é analisada no laboratório. Tenho especialização em identificação de amostras de sangue (respingos de sangue), determinação de trajetória, sorologia (sangue e fluidos corporais) e fotografia. Também conheço muitas outras áreas (armas de fogo, impressões digitais, documentos duvidosos) que podem me auxiliar. Como perito-chefe de cenas de crime do CBI, o meu papel no local do crime pode envolver uma ou mais das minhas disciplinas específicas. Embora eu jamais efetue um teste de funcionalidade de uma arma de fogo aqui no laboratório, o meu papel na cena do crime será recolher a arma e entender sua relevância como prova potencial.
A investigação na cena do crime é uma tarefa vasta. Vamos começar pelo reconhecimento de cena.

Na cena do crime: reconhecimento

Quando um perito chega à cena do crime, não a invade e nem começa a recuperar as provas. O objetivo da etapa de reconhecimento da cena é entender o que a investigação irá acarretar e desta forma desenvolver uma abordagem sistemática para encontrar e recolher as provas. Neste ponto, o perito está usando somente os seus olhosouvidos, nariz, um pedaço de papel e uma caneta.
O primeiro passo é definir a extensão da cena do crime. Se o crime for um homicídio e existir uma única vítima morta em sua própria casa, a cena do crime pode ser a casa e a vizinhança próxima. Estão incluídos os carros na entrada da casa? Há vestígios de sangue na rua? Em caso positivo, a cena do crime pode ser toda a vizinhança. Proteger a cena do crime, e outras áreas que podem vir a fazer parte da cena do crime, é muito importante. De fato, o perito só tem uma chance de realizar uma pesquisa completa e imaculada, pois os móveis serão trocados de lugar, a chuva irá remover as provas, os detetives irão tocar nos objetos em pesquisas subseqüentes e as provas serão corrompidas.

Imagem cortesia do Naval Medical Center Portsmouth, Virgínia
Ajuda muito proteger uma área maior que a cena do crime
Geralmente, os primeiros policiais que chegam ao local isolam o núcleo, a parte principal da cena do crime onde a maioria das provas está concentrada. Quando o perito chega, ele bloqueia uma área maior do que o núcleo, pois é mais fácil diminuir o tamanho da cena do crime do que aumentá-la. Carros de reportagem e curiosos podem estar ocupando uma área que o perito posteriormente venha a determinar como sendo parte da cena do crime. A proteção do local implica na criação de uma barreira física usando cordão de isolamento (ou obstáculos como policiais, carros de polícia ou cavaletes) e em remover curiosos do local. O perito pode estabelecer uma "área de segurança" fora do local do crime, onde os investigadores podem descansar e conversar sobre o caso sem se preocupar em destruir as provas.
Uma vez que o perito definiu a cena do crime e certificou-se de que está protegida adequadamente, o próximo passo é chamar o promotor público, pois o perito precisa de um mandado de busca e apreensão. A evidência que o perito recupera é de pouco valor se não for aceita pela justiça. Um bom perito é precavido e raramente investiga um local sem o mandado de busca e apreensão.
De posse do mandado de busca e apreensão, o perito começa a andar pelo local do crime. Ele percorre um caminho pré-determinado que parece conter a menor quantidade de provas que poderiam ser destruídas ao se caminhar. Durante esta observação inicial, ele faz anotações sobre osdetalhes que poderiam mudar com o tempo: como está o clima? Que horas são? Ele descreve os cheiros que percebe (gás? decomposição?), sons (água pingando? detector de fumaça disparando?) e qualquer coisa que pareça estar fora de lugar ou faltando. Há alguma cadeira contra uma porta? Faltam travesseiros na cama? Este é o momento para identificar osriscos possíveis, como um vazamento de gás ou um cão agitado vigiando o corpo e relatá-los imediatamente.
O perito convoca especialistas ou instrumentos adicionais que pode precisar com base nos tipos de provas que encontra durante o processo de reconhecimento. Uma camiseta pendurada em uma árvore do jardim da casa da vítima pode requerer uma plataforma hidráulica. Provas tais como respingos de sangue no teto ou presença de vermes no cadáver requerem especialistas para análise. É difícil enviar um pedaço do teto ao laboratório para analisar um respingo de sangue, e os vermes se alteram a cada instante. Acontece que Sr. Clayton é um especialista em análises de respingos de sangue, então ele faria esta tarefa juntamente com o seu trabalho de perito da cena do crime.
Durante este tempo, o perito conversa com os investigadores-chefes para saber se eles tocaram em alguma coisa e obtém informações adicionais que podem ser úteis na determinação do plano de ação. Se os detetives já iniciaram os interrogatórios das testemunhas no local, eles podem fornecer detalhes que levem o perito a um quarto específico da casa ou mostrem algum tipo de evidência. A vítima estava gritando ao telefone meia hora antes de a polícia chegar? Em caso positivo, o identificador de chamadas é uma boa prova. Se o vizinho do andar de cima ouviu uma luta e depois o som de água corrente, isso poderia indicar uma tentativa de limpeza, e o perito sabe que tem que procurar por sinais de sangue no banheiro ou na cozinha. Muitos investigadores, incluindo o Sr. Clayton, não falam com as testemunhas. Ele é um perito de cenas de crime e um cientista forense, mas não tem treinamento de técnicas de interrogatório: lida somente com as provas físicas e obtém dos detetives relatos úteis das testemunhas.
O perito utiliza as informações colhidas durante o reconhecimento do local para desenvolver uma abordagem lógica do crime em questão. Não há uma abordagem padrão para a investigação de um crime. Como explica o Sr. Clayton, a abordagem de um crime que envolveu 13 mortes em um colégio (ele era um dos peritos que trabalhou na investigação do tiroteio que aconteceu na Columbine High School) e a abordagem de um crime onde uma pessoa foi estuprada em um carro são muito diferentes. Uma vez que o perito elaborou um plano de ação para compilar todas as evidências que podem ser relevantes, o próximo passo é documentar cada aspecto do local, de forma que seja possível reconstituí-lo pelas pessoas que não estavam lá. Esta é a fase da documentação do local.

Na cena do crime: documentação

O objetivo da documentação do local do crime é criar um registro visual que possibilite ao laboratório forense e ao advogado de acusação recriar uma visão precisa do local. Neste estágio da investigação, o perito usa câmeras digitais e analógicas, diferentes tipos de filme, várias lentes, flashes, filtros, um tripé, um bloco de papel para esboços, papel gráfico, canetas e lápis, fita métrica, réguas e um bloco de anotações. Ele pode usar também umafilmadora portátil.
A documentação da cena acontece durante a segunda passagem pelo local do crime (seguindo o mesmo caminho da primeira). Se há mais de um perito no local, um irá tirar fotografias, outro fará esboços, outro realizará anotações detalhadas e um último pode fazer uma gravação em vídeo do local. Se há somente um perito, todas estas tarefas são realizadas por ele.

Anotações
Fazer anotações no local do crime não é tão simples quanto parece. O treinamento de um perito inclui a arte da observação científica. Enquanto um leigo pode ver uma grande mancha marrom avermelhada no tapete, saindo de um cadáver, e escrever "sangue saindo do lado inferior do cadáver", um perito escreveria "grande quantidade de fluido marrom avermelhado saindo do lado inferior do cadáver". Este fluido pode ser sangue mas também pode ser fluido em decomposição que, em um certo estágio, se parece com sangue. O Sr. Clayton explica que na investigação da cena de um crime, as opiniões não importam e as suposições podem ser prejudiciais. Ao descrever a cena de um crime, um perito faz observações factuais sem esboçar quaisquer conclusões.
Fotografias
Os peritos tiram fotografias de tudo antes de mexer ou mover uma única parte da prova. O médico legista não irá tocar no cadáver antes do perito terminar de fotografá-lo. Há três tipos de fotografias que um perito tira para documentar a cena do crime: visão geral, média distância e close-ups.

Kit fotográfico de Joe Clayton: ele geralmente utiliza uma câmera digital Nikon D100 para fotografar a cena do crime. Ele pode usar também uma Nikon N8008s (com filme de 35 mm) para aplicações especiais.
As fotografias de visão geral são o panorama mais amplo de todo o local. Se a cena do crime é dentro de casa, isto inclui:
  • visão de todos os quartos (não somente do quarto onde o crime ocorreu), com fotografias tiradas de cada canto e, se houver uma grua no local, de um ponto de vista superior;
  • tomadas aéreas da parte externa do prédio onde o crime aconteceu, incluindo fotos de todas as entradas e saídas;
  • vista do prédio mostrando sua relação com as construções adjacentes;
  • fotos de quaisquer espectadores na cena.
Estas últimas podem identificar uma possível testemunha ou até um suspeito. Às vezes os criminosos retornam ao local do crime (isto é particularmente verdadeiro em casos de incêndio criminoso).
As fotos de média distância vêm a seguir. Essas tomadas apresentam provas-chave contextualizadas, de forma que a foto inclua não só a prova mas também a sua localização no quarto e a distância de outras provas.
Finalmente, o perito faz closes de provas individualmente, mostrando números de série ou outras características de identificação. Para estas fotografias, o perito usa um tripé e técnicas de iluminação profissional, para que seja obtido maior detalhe e claridade possíveis; elas fornecerão ao laboratório forense imagens que ajudarão a analisar a prova. O perito tira também um segundo conjunto de fotos em close-up que incluem uma régua para que se tenha idéia da escala.
Cada foto que o perito tira vai para um registro fotográfico. Este registro documenta os detalhes de cada foto, incluindo o número da fotografia, descrição do objeto ou da cena que aparece na fotografia, a localização do objeto ou da cena, hora e data em que a fotografia foi tirada e outros detalhes descritivos relevantes. Sem um bom registro fotográfico, as fotografias da cena do crime perdem muito do seu valor. Na investigação do assassinato de John F. Kennedy, os fotógrafos do FBI que participaram da necrópsia não fizeram descrições das fotografias e, posteriormente, os peritos não conseguiram distinguir as marcas de entrada e de saída dos tiros.
Esboços
Juntamente com a criação dos registros fotográficos da cena, o perito elabora esboços para descrever a cena do crime em sua totalidade (o que é mais fácil de se fazer em um esboço do que em uma fotografia, pois pode abranger vários espaços) e aspectos específicos da cena. As medidas exatas beneficiarão a investigação. O objetivo é mostrar os locais das provas e como cada prova se relaciona com o resto da cena. O desenhista pode indicar detalhes como a altura da moldura da porta, o tamanho exato da sala, a distância da janela até a porta e o diâmetro do furo na parede acima do corpo da vítima.
Vídeo
A documentação da cena do crime poderá conter também uma gravação em vídeo, especialmente nos casos que envolvem assassinos em série ou homicídios múltiplos. A gravação em vídeo pode oferecer uma idéia melhor das condições da cena do crime (quanto tempo se leva para ir de um quarto ao outro e quantas curvas podem ser feitas, por exemplo). Uma vez que a investigação já está em curso, o vídeo pode revelar algo que não foi notado na cena porque os peritos não sabiam o que tinham de procurar. Para gravá-lo, o perito capta toda a cena do crime e as áreas adjacentes de todos os ângulos e ainda faz uma narração em áudio.
Após o perito ter criado um registro completo da cena do crime exatamente como estava quando chegou, é hora de recolher as provas. Agora, ele começa a tocar nos objetos.

Equipes de limpeza
Nem os peritos, nem os policiais, detetives ou os envolvidos na investigação fazem a limpeza do local. A tarefa de limpar a repulsiva cena de um crime geralmente sobra para os membros da família da vítima. Nos últimos 10 anos, entretanto, algumas pessoas perceberam a necessidade de uma equipe contratada para cuidar deste serviço, para que os membros da família e donos de imóveis não precisassem fazê-lo. Algumas destas pessoas fundaram empresas dedicadas à tarefa. Às vezes é um trabalho arriscado, mas muito bem pago. O limpador de cenas de crime pode ganhar até US$ 200 dólares por hora, além de comissão e custos com equipamentos. Limpar um laboratório de metanfetamina é especialmente caro, devido ao risco existente para qualquer um que entra no local, além da quantidade de trabalho para tornar a área habitável novamente.

Na cena do crime: procurando provas e evidências


Imagem cedida por U.S. Aid
O objetivo da fase de coleta de provas é encontrar, reunir e preservar todas as evidências físicas úteis para reconstituir o crime e identificar o criminoso, fazendo com que ele seja trazido ao tribunal. As provas podem ser de toda ordem. Algumas provas típicas que o perito pode encontrar no local do crime incluem:
  • vestígios (resíduo de arma de fogo, resíduo de tinta, vidro quebrado, produtos químicos desconhecidos, drogas);
  • impressões digitais, pegadas e marcas de ferramentas;
  • fluidos corporais (sangue, esperma, saliva, vômito);
  • cabelo e pêlos;
  • armas ou evidências de seu uso (facas, revólveres, furos de bala, cartuchos);
  • documentos examinados (diários, bilhetes de suicídio, agendas telefônicas; também inclui documentos eletrônicos tais como secretárias eletrônicas e identificadores de chamadas).
Com as teorias do crime em mente, os peritos iniciam uma busca sistemática de evidências que possam incriminar, fazendo anotações meticulosas ao longo do processo. Se há um corpo no local, a investigação provavelmente começa por ele.
Examinando o corpo
O perito pode coletar evidências do corpo no local do crime ou aguardar até que o corpo chegue no necrotério. Em ambos os casos, o perito faz pelo menos um exame visual do corpo e da área próxima, tirando fotografias e detalhando as observações.
Antes de mover o corpo, o perito faz anotações de detalhes como:
  • se há manchas ou marcas na roupa;
  • se as roupas estão torcidas em uma determinada direção; em caso positivo, isto poderia indicar arrastamento;
  • se há contusões, cortes ou marcas pelo corpo, feridas causadas ao se defender, ferimentos, consistentes ou não, indicando a causa preliminar da morte;
  • se há alguma coisa faltando; se existe marca de sol onde deveria haver um relógio ou aliança;
  • se o sangue está presente em grandes quantidades, se a direção do fluxo segue as leis da gravidade; em caso negativo, o corpo pode ter sido movido;
  • se não há sangue na área em volta do corpo, isto condiz com a causa preliminar da morte? Em caso negativo, o corpo pode ter sido movido;
  • se, além do sangue, há outros fluidos corporais presentes além do sangue;
  • se há presença de insetos sobre o corpo; em caso positivo, o perito poderá chamar um entomologista forense a fim de descobrir há quanto tempo a pessoa morreu.
Após movimentar o corpo, ele realiza o mesmo exame no outro lado da vítima. Neste momento, ele pode medir a temperatura do corpo e a temperatura ambiente do lugar para determinar a hora estimada de morte(apesar de muitos cientistas forenses dizerem que a determinação da hora da morte é completamente imprecisa: o corpo humano é imprevisível e há muitas variáveis envolvidas). Ele também irá tirar as impressões digitais do falecido tanto no local do crime como no necrotério.
Uma vez que o perito documentou as condições do corpo e da área próxima, os técnicos embrulham-no em um pano branco, cobrem as mãos e os pés com sacos de papel e transportam-no ao necrotério para uma necrópsia. Estas precauções têm por objetivo a preservação de evidências na vítima. O perito geralmente participa da necrópsia, tirando fotografias adicionais ou gravando em vídeo e coletando outras evidências, especialmente amostras de tecido dos órgãos principais, para análise no laboratório criminal.
Examinando a cena
Há vários padrões de investigação disponíveis para assegurar a cobertura completa da cena e o uso eficiente dos recursos. Estes padrões podem incluir:
  • a investigação do tipo espiral interna: o perito começa no perímetro da cena do crime e trabalha em direção ao centro. O padrão do tipo espiral é um bom método de se usar quando há somente um perito na cena;

  • a investigação do tipo espiral externa: o perito começa no centro da cena (ou no corpo) e trabalha para fora;

  • a investigação do tipo paralelo: todos os membros da equipe de investigação formam uma linha. Eles andam em linha reta, na mesma velocidade, de uma extremidade à outra da cena do crime;

  • a investigação do tipo grade: são duas investigações paralelas, deslocadas em 90 graus, realizadas uma após a outra;

  • a investigação do tipo zona: nela o perito encarregado divide a cena do crime em setores, e cada membro da equipe assume um setor. Os membros da equipe podem depois trocar de setores e investigar novamente para assegurar a cobertura completa.

Enquanto está investigando a cena, o perito procura por detalhes como:
  • se as portas e janelas estão travadas ou não; abertas ou fechadas; se há sinais de entrada forçada, tais como marcas de ferramentas ou travas quebradas;
  • se a casa está arrumada; em caso negativo, tem-se a impressão de ter havido uma luta ou a vítima era desorganizada;
  • se há correspondência em algum lugar e se foi aberta;
  • se a cozinha está arrumada; se há alimentos parcialmente comidos; se a mesa está posta; em caso positivo, para quantas pessoas;
  • se há sinais de que houve uma festa, tais como garrafas ou copos vazios ou cinzeiros cheios;
  • se os cinzeiros estão cheios, que marcas de cigarros estão presentes e se há marcas de batom ou de dentes nas pontas de cigarros;
  • se há alguma coisa que parece estar fora do lugar: um copo com marcas de batom no apartamento de um homem ou o assento dovaso sanitário está levantado no apartamento de uma mulher; se há um sofá bloqueando uma porta;
  • se há lixo nas latas de lixo; se há alguma coisa anormal no meio do lixo; se o mersmo está na ordem cronológica correta em comparação às datas das correspondências e outros papéis; em caso negativo, alguém poderia estar procurando alguma coisa no lixo da vítima;
  • se os relógios mostram a hora certa;
  • se as toalhas do banheiro estão molhadas; se estão faltando; se há sinais de que alguma limpeza foi feita;
  • se o crime foi cometido com arma de fogo, quantos tiros foram disparados? O perito irá tentar encontrar a arma, as balas, as cápsulas e os furos provocados pelas balas;
  • se o crime foi uma facada, há alguma faca faltando na cozinha da vítima? Em caso positivo, o crime pode não ter sido premeditado;
  • se há pegadas nas telhas, no chão de madeira ou de linóleo ou na área externa do prédio;
  • se há marcas de pneu na entrada ou na área em volta do prédio;
  • se há respingos de sangue no chão, nas paredes ou no teto.
A real coleta de evidências físicas é um processo lento. Cada vez que um perito recolhe um item, ele deve imediatamente preservá-lo, etiquetá-lo e registrá-lo no registro da cena do crime. Diferentes tipos de provas podem ser coletadas tanto no local como no laboratório, dependendo das condições e recursos. O Sr. Clayton, por exemplo, nunca analisa as impressões digitais no local. Ele sempre as manda ao laboratório para que sejam analisadas em ambiente controlado. Na próxima seção, vamos falar sobre os métodos de coleta para os diferentes tipos de evidências.
Detalhes importantes
  • As cenas do crime são tridimensionais. Os peritos devem se lembrar de olhar para cima.
  • Se um perito acende uma lanterna sobre o solo em vários ângulos, mesmo quando há muita luz, ele irá criar novas sombras que podem revelar evidências.
  • É fácil recuperar o DNA das pontas dos cigarros.

Coleta de provas

Ao coletar provas da cena de um crime, o perito tem vários objetivos em mente: reconstituir o crime, identificar a pessoa que o cometeu, preservar a prova para análise e coletá-la para que seja aceita pela justiça.
Vestígios
Os vestígios podem incluir resíduo de pólvora, resíduo de tinta, produtos químicos, vidro e drogas ilícitas. Para coletar a evidência de marcas, o perito pode usar pinças, recipientes plásticos com tampa, um dispositivo a vácuo filtrado e uma faca. Ele também terá um kit para análises de risco contendo luvas de látex, botinas, máscara facial e jaleco descartáveis e um saco para lixo.
Se o crime envolver uma arma de fogo, o perito irá coletar as roupas da vítima e de qualquer pessoa que tenha estado no local do crime para que o laboratório possa verificar a presença de resíduos de pólvora. A presença destes resíduos na vítima pode indicar um tiro à queima roupa. Em outra pessoa, pode indicar um suspeito. O perito coloca todas as roupas em sacos de papel lacrados para o transporte ao laboratório. Se ele encontrar qualquer droga ilícita ou pó desconhecido, pode coletá-los usando uma faca e em seguida lacrar cada amostra em um recipiente esterilizado separado. O laboratório pode identificar a substância, determinar a sua pureza e descobrir o que mais está presente na amostra e em que quantidades. Estas análises podem determinar se havia posse ou adulteração de drogas ou se a composição poderia ter matado ou incapacitado uma vítima.
Os técnicos descobrem muitas evidências de um crime no laboratório quando sacodem roupas de cama, roupas, toalhas, almofadas de sofá e outros itens encontrados no local. No CBI Denver Crime Lab, os técnicos sacodem estas peças em um quarto esterelizado, sobre uma grande tábua branca coberta com papel.

Sala de evidências de marcas do CBI Denver
Os técnicos mandam qualquer vestígio encontrado para o departamento apropriado. No Denver Crime Lab, terra, vidro e tinta permanecem no laboratório de vestígios; drogas ilícitas e substâncias desconhecidas seguem para o laboratório de química e o cabelo vai para o laboratório de DNA.
Fluidos corporais
Os fluidos corporais encontrados no local do crime podem ser sangue, esperma, saliva e vômito. Para identificar e coletar estas evidências, o perito pode usar lâminas de esfregaço, bisturi, pinças, tesouras, panos esterilizados, luz ultravioleta, óculos protetores e luminol. Ele também pode usar um kit de coleta de sangue para obter amostras dos suspeitos ou de uma vítima viva, para realizar a comparação.
Se a vítima está morta, mas há sangue no corpo, o perito coleta umaamostra através de um pedaço da roupa ou do uso de um pano esterilizado e uma pequena quantidade de água destilada. O sangue e a saliva coletados do corpo podem pertencer a outra pessoa e o laboratório irá realizar um exame de DNA para compará-los com o sangue ou a saliva retirados de um suspeito. O perito também irá raspar as unhas da vítima em busca de pele. Se houve luta, a pele do suspeito (e portanto, seu DNA) pode estar sob as unhas da vítima. Caso haja sangue seco em qualquer móvel no local do crime, o perito tentará enviar o móvel inteiro para o laboratório. Não é raro encontrar evidências no sofá, por exemplo. Se o sangue estiver sobre alguma coisa que não pode ser levada ao laboratório, como uma parede ou banheira, o perito pode coletá-lo em um recipiente esterilizado através da raspagem com um bisturi. O perito pode usar também o luminol e uma luz ultravioleta portátil para revelar se o sangue foi lavado de uma superfície.
Caso haja sangue no local, também pode haver amostras de respingos de sangue. Estas amostras podem revelar que tipo de arma foi usada, por exemplo, uma “amostra de pingos de sangue espalhados” é absorvida quando uma coisa como um bastão de beisebol entra em contato com uma fonte de sangue e então retorna ao ponto inicial. Os pingos são grandes e geralmente têm a forma de uma lágrima. Este tipo de amostra pode indicar golpes múltiplos de um objeto obtuso, porque o primeiro golpe não entra em contato com o sangue. Uma amostra de alta energia, por outro lado, é feita de muitos pingos minúsculos e pode indicar um tiro de arma de fogo. As análises das amostras de sangue podem indicar de que direção o sangue veio e quantos incidentes separados criaram esta amostra. Analisar uma amostra de sangue envolve o estudo do tamanho e formato da mancha, o formato e o tamanho dos pingos de sangue e a concentração de pingos dentro de uma amostra. O perito tira fotografias da amostra e chama um especialista para analisá-la.
Cabelo e pêlos
O perito pode usar pentes, pinças, recipientes e um dispositivo a vácuo filtrado para coletar cabelos ou pêlos no local. No caso de estupro com uma vítima viva, o perito acompanha a vítima ao hospital para obter os cabelos ou pêlos encontrados no corpo dela durante o exame médico. O perito lacra as evidências de cabelos ou pêlos em recipientes separados para transportar ao laboratório.
O perito pode recuperar pêlos de carpete dos sapatos de um suspeito. O laboratório pode compará-los aos pêlos do carpete da casa da vítima. Os examinadores podem usar o DNA do cabelo para identificar ou eliminar suspeitos por meio de comparação. A presença de cabelo em uma ferramenta ou arma pode identificar se ela foi usada no crime. O laboratório criminal pode determinar a que tipo de animal pertenceu o cabelo e, caso seja humano, determinar a raça da pessoa, em que parte do corpo o cabelo estava, se o cabelo caiu ou se foi arrancado e também se foi pintado.
Impressões digitais
As ferramentas para recuperar impressões digitais incluem escovas, alguns tipos de pó, fita adesiva, produtos químicos, cartões de impressão, lente de aumento e vapor de super cola. O laboratório pode usar as impressões digitais para identificar a vítima, identificar um suspeito ou inocentá-lo. Há vários tipos de impressões digitais que o perito pode encontrar na cena do crime:
  • visíveis: deixadas pela transferência de sangue, tinta, ou outro fluido ou pó sobre uma superfície lisa o suficiente para deter uma impressão digital, visível a olho nu;
  • moldadas: deixadas sobre um produto macio como sabonete, massa de vidraceiro ou vela de cera, formando uma impressão;
  • latentes: deixadas pelo suor e pela gordura natural dos dedos em uma superfície lisa capaz de deter uma impressão digital, não visível a olho nu.
Um criminoso pode deixar impressões digitais em superfícies porosas ounão porosas. Papel, madeira inacabada e cartolina são superfícies porosas que irão deter uma impressão digital e vidro, plástico e metal são superfícies não-porosas. O perito irá procurar impressões digitais latentes em superfícies onde o criminoso provavelmente tocou. Por exemplo, se há sinais de entrada forçada na porta da frente, a maçaneta do lado de fora e a superfície da porta são lugares lógicos para se procurar impressões digitais. Respirar sobre a superfície ou iluminá-la com uma luz muito forte poderá fazer com que a impressão digital latente fique temporariamente visível. Quando você vê um detetive de TV girar a maçaneta usando um lenço, ele provavelmente está destruindo uma impressão digital latente. A única maneira de não alterar uma impressão digital latente em uma superfície não porosa é não tocá-la. Os métodos apropriados para se recuperar uma impressão digital latente incluem os itens abaixo.
  •  (para superfícies não porosas): pó prata metálico ou pó preto aveludado; o perito usa o pó que melhor contrasta com a cor do material onde está a impressão digital. Ele escova suavemente o pó sobre a superfície em movimentos circulares até que a impressão digital se torne visível; então, ele começa a escovar na direção das saliências da impressão digital. O perito tira uma foto da impressão digital antes de usar a fita adesiva para retirá-la, para que tenha um resultado melhor diante do tribunal. Ele gruda uma fita adesiva na impressão digital coberta de pó, descola a fita com um movimento suave e em seguida gruda-a em um cartão de impressões digitais que possui uma cor que contrasta com a cor do pó.

Pós e escovas no laboratório de impressões digitais da CBI
  • Produtos químicos (para superfícies porosas): iodo, ninidrina, nitrato de prata; o perito borrifa o produto químico sobre a superfície do material ou molha o material com uma solução química para revelar a impressão digital latente.
  • Fumigação com cianoacrilato (super cola) - para superfícies porosas ou não-porosas: o perito despeja super cola em um prato de metal e aquece a aproximadamente 49ºC. Ele então coloca o prato, a fonte de calor e o objeto contendo a impressão digital latente em um recipiente hermético. O vapor da super cola torna as impressões digitais latentes visíveis sem alterar o material sobre o qual elas estão.
Pegadas e marcas de ferramentas
Uma impressão digital latente é um exemplo de marca bidimensional. A marca de uma pegada na lama ou a marca de uma ferramenta no esquadro da janela é um exemplo de marca tridimensional. Se não for possível levar o objeto inteiro contendo a marca ao laboratório, o perito faz um molde no local.

Este molde é uma prova de estudo. De acordo com o Sr. Clayton, as pegadas encontradas na cena do crime raramente produzem amostras perfeitas.
O kit para moldes pode conter múltiplos componentes (sulfato de cálcio dental, borracha de silicone), resina (para fazer molde em neve), uma tigela, uma espátula e caixas de papelão para guardar os moldes.
Se o perito encontrar uma marca de pegada na lama, ele irá fotografá-la e então fará um molde. Para preparar o molde, ele mistura o material com água em um saco do tipo ziploc e mexe por dois minutos até que se atinja a consistência de massa de panqueca. Ele então despeja a mistura na borda da pegada para que escorra a fim de evitar as bolhas de ar. Uma vez que o material cobriu a pegada, ele deixa repousar por 30 min no mínimo e em seguida retira cuidadosamente o molde da lama. Sem limpar ou escovar, o que poderia destruir qualquer evidência de pegadas, ele coloca o molde dentro de uma caixa de papelão ou saco de papel para transportá-lo ao laboratório.
Para marcas de ferramentas, o molde é mais difícil de se usar em comparação ao de pegadas. Se não for viável transportar a peça inteira contendo a marca de ferramenta, o perito pode fazer um molde com borracha de silicone e esperar pelo melhor resultado. Há dois tipos de marcas de ferramentas que o perito pode encontrar na cena do crime:
  • impressa: um objeto duro entra em contato com um objeto mais macio sem se mover para frente e para trás; por exemplo, uma marca de martelo no esquadro de uma porta. A marca que fica é o formato do martelo. É difícil fazer uma combinação definitiva quando há uma marca de ferramenta cunhada;
  • estriada: um objeto duro entra em contato com um objeto mais macio e se move para frente e para trás; por exemplo, marcas de pé-de-cabra no esquadro de uma janela. A marca da ferramenta é uma série de linhas paralelas. É mais fácil fazer uma combinação definitiva com uma marca de ferramenta estriada.
Na análise das marcas de ferramentas, o laboratório pode determinar qual o tipo de ferramenta que originou a marca e se a ferramenta em evidência é a mesma que causou a marca. Também pode comparar a marca de ferramenta em evidência com uma outra marca de ferramenta para determinar se as marcas foram feitas pela mesma ferramenta.
Armas de fogo
Se o perito encontrar armas de fogo, projéteis ou estojos (cartuchos) no local, ele põe as luvas, pega a arma pelo cano (e não pela coronha) e a embrulha separadamente para mandar ao laboratório. Os cientistas forenses podem descobrir números de série e combinar os projéteis e estojos não somente com a arma de onde saíram, mas também com os encontrados em outros locais de crimes dentro do estado; muitos dados balísticos têm abrangência estadual. Quando há perfurações provocados por projéteis em uma vítima ou outros objetos no local, os especialistas podem determinar de onde e de que altura estes foram disparados, assim como a posição da vítima ao ser atingida, usando um kit de trajetória a laser. Caso haja projéteis incrustados na parede ou na moldura da porta, o perito irá remover o pedaço da parede ou do madeiramento que contém o projétil, pois retirá-lo somente pode danificá-lo, tornando-o inadequado para comparação.
Documentos
O perito coleta e guarda diários, agendas de compromisso, agendas de telefones ou bilhetes de suicídio encontrados na cena do crime. Ele também entrega ao laboratório contratos assinados, recibos, uma carta rasgada encontrada no lixo ou qualquer outra evidência escrita, digitada ou fotocopiada que possa estar relacionada ao crime. Um laboratório especializado em documentos geralmente pode reconstruir um documento inutilizado, até mesmo um documento queimado, bem como determinar se o documento foi alterado ou não. Os técnicos analisam os documentos em busca de falsificações, fazem fotos de comparação da caligrafia da vítima e de suspeitos e identificam o tipo de máquina usada para produzir o documento. Eles podem descartar uma impressora ou fotocopiadoraencontrada no local para determinar a compatibilidade ou incompatibilidade com uma máquina encontrada com um suspeito.
Quando o perito descobre uma evidência no local, ele a fotografa, registra, recolhe e põe uma etiqueta nela. A etiqueta pode incluir informações que ajudam na sua identificação tais como hora, data, e localização exata do material e quem o encontrou, ou pode simplesmente informar o número de série que corresponde a uma entrada no registro de evidências que contém esta informação. O relatório da cena do crime documenta o conjunto completo das evidências recolhidas do local, incluindo o registro fotográfico, registro das evidências encontradas e um relatório escrito que descreve a investigação do local do crime.
Coisas que você pode encontrar na van do investigador
No furgão do perito, você pode encontrar arco de serra, alicates, chave inglesa, uma alavanca, alicates de arame, cortadores de parafusos, pás, peneiras, um pequeno pé-de-cabra, uma faca de bolso, fitas métricas, bandeira sinalizadora na cor laranja, uma lanterna, baterias, giz, fórceps, garras, uma bússola, um imã, umdetector de metais, água destilada, joelheiras e animais de pelúcia, no caso de haver vítimas infantis vivas".
http://pessoas.hsw.uol.com.br/investigacoes-da-cena-do-crime5.htm . Acesso: 27/12/13

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Qualquer sugestão ou solicitação a respeito dos temas propostos, favor enviá-los. Grata!