terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os concursos e as loterias: caminhos diferentes

“Os concursos e as loterias: caminhos diferentes
Você acredita em "sorte" ou entende que preparação é essencial para a obtenção da sonhada aprovação?
Enviar por e-mail • Publicado em 07/09/2013 - 11h20 • Atualizado em 09/09/2013 - 08h47

Passar sem estudar é coisa para preguiçoso. Veremos o que uma pessoa que se diga "concurseira" e consegue ser aprovada "na base do chute", acaba depois se sentindo perdida e sem noção dentro do cargo em que trabalhará - isto se conseguir mesmo passar nas demais etapas. Sorte talvez seja para quem construiu sua prática ao longo da vida marcando números a cada concurso da Mega Sena, porque ali tudo se resume a correr o risco total de perder - ou de ganhar.
Vou falar a verdade: eu jogo na Mega Sena e quase todas as vezes parece que ninguém quer contemplar seu número. Mas lá eu não vou estudar, pois não há questões (objetivas ou subjetivas) que necessitem ser respondidas. Tudo não passa de uma mera questão de acaso. Agora, concurso público é diferente. Você vai responder perguntas, não vai fazer tiro ao alvo em um parque de diversão. Realmente, concurso público possui possibilidades, ao passo em que possui também riscos, embora estes sejam incomparáveis àqueles ocasionados pelo fator "sorte".
Eu sou Oficial Administrativo da Casa Civil do Estado de São Paulo. Este é o terceiro cargo conquistado via concurso público, pois trabalhei anteriormente em duas prefeituras, com salários horríveis, porém sempre pela porta da frente dos concursos públicos (nunca é demais repetir isso). Orgulho-me de dizer que políticos nunca me empregaram em cargos do tipo comissionados, pois não acredito em BAJULAÇÃO.
Atualmente ainda não tenho curso superior, mas estou estudando Inglês. Depois de estudar e praticar, já estou também começando a falar Espanhol fluentemente e ainda estudo por meio de programas de computador. Assim, posso vou revelar meu segredo: corram atrás de todo conhecimento que precisaram. Hoje, o que mais se vê, até em aulas de inglês, cada vez mais brasileiros medrosos e acomodados. Em uma "class english, muitas vezes constato que certas pessoas não aproveitam a oportunidade de estarem imersas em um ambiente de aprendizado em outro idioma para se exercitarem na pronuncia (fala). Ou seja, não param de ficar falando em Português em uma aula de Inglês. Para mim, isto é um excesso de preguiça inadmissível!
O brasileiro tem que parar de pensar que estudos e emprego se resumem a uma questão de sorte. Em todos os lugares desta terra, há pessoas de baixa classe (não da média e nem da alta) que acreditam piamente que fulano ou sicrano conseguiu um emprego porque teve sorte. Que sorte???? Sorte é só no jogo (e mesmo assim, de loteria, porque até para baralho e dominó, por exemplo, exige-se um pouco de raciocínio!). A própria Lógica nos dá essa noção, portanto, estudem.
Meu pai meu abandonou quando eu tinha 11 anos de idade. Desde então, optei por estudar para poder trabalhar no serviço público. Imagine a vida de alguém que, a partir de 11 anos tem o pai como sumido, sem a proteção e, por assim dizer, sem sorte em coisa alguma... a não ser depois que passou a estudar com afinco? Mas aí o leitor já entende que o fruto desses estudos não foi a sorte pura e simples. Foi mais uma recompensa.
Concluo recomendando que estudem. Quem estuda não corre risco e pode até prever com certa margem de segurança se vai passar ou não. A única e excelente vantagem de estudar é saber, de antemão, onde e quando você não vai jogar o dinheiro da sua taxa de concurso no lixo.
Esta é a minha contribuição e a prova de tudo que estou dizendo aqui sou eu mesmo.
Um abraço a todos e sucesso nos concursos. Lembrem-se: eu disse "sucesso" e não "boa sorte", porque são coisas radicalmente diferentes.
Contribuição do nosso leitor Paulo Rogério Cosme da Silva (pcosmedasilva@yahoo.com.br).
Colaborou (e se identificou) com as ideias deste testemunho, Alberto Vicente (alberto@concursosnobrasil.com.br)”


Acesso: 29/10/2013

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