“Os concursos e as loterias: caminhos diferentes
Você acredita em "sorte" ou entende que preparação é essencial
para a obtenção da sonhada aprovação?
Passar sem
estudar é coisa para preguiçoso. Veremos o que uma
pessoa que se diga "concurseira" e consegue ser aprovada "na
base do chute", acaba depois se sentindo perdida e sem noção dentro do
cargo em que trabalhará - isto se conseguir mesmo passar nas demais etapas.
Sorte talvez seja para quem construiu sua prática ao longo da vida marcando
números a cada concurso da Mega Sena, porque ali tudo se
resume a correr o risco total de perder - ou de ganhar.
Vou falar a verdade: eu jogo na Mega Sena e quase todas as vezes parece
que ninguém quer contemplar seu número. Mas lá eu não vou estudar, pois não há
questões (objetivas ou subjetivas) que necessitem ser respondidas. Tudo não
passa de uma mera questão de acaso. Agora, concurso
público é diferente. Você vai responder perguntas, não vai fazer tiro ao alvo em um parque
de diversão. Realmente, concurso público possui possibilidades, ao passo em que
possui também riscos, embora estes sejam incomparáveis àqueles ocasionados pelo
fator "sorte".
Eu sou Oficial Administrativo da Casa Civil do Estado de São Paulo. Este
é o terceiro cargo conquistado via concurso público, pois trabalhei
anteriormente em duas prefeituras, com salários horríveis, porém sempre pela
porta da frente dos concursos públicos (nunca é demais repetir isso).
Orgulho-me de dizer que políticos nunca me empregaram em cargos do tipo
comissionados, pois não acredito em BAJULAÇÃO.
Atualmente ainda não tenho curso
superior, mas estou estudando Inglês. Depois de estudar e
praticar, já estou também começando a falar Espanhol fluentemente e ainda
estudo por meio de programas de computador. Assim, posso vou revelar meu
segredo: corram atrás de todo conhecimento que precisaram. Hoje, o que mais se
vê, até em aulas de inglês, cada vez mais brasileiros medrosos e acomodados. Em
uma "class english, muitas vezes constato que certas pessoas não
aproveitam a oportunidade de estarem imersas em um ambiente de aprendizado em
outro idioma para se exercitarem na pronuncia (fala). Ou seja, não param de ficar
falando em Português em uma aula de Inglês. Para mim, isto é um excesso de
preguiça inadmissível!
O brasileiro tem que parar de pensar
que estudos e emprego se resumem a uma questão de sorte. Em todos os
lugares desta terra, há pessoas de baixa classe (não da média e nem da alta)
que acreditam piamente que fulano ou sicrano conseguiu um emprego porque teve
sorte. Que sorte???? Sorte é só no jogo (e mesmo assim, de loteria, porque até
para baralho e dominó, por exemplo, exige-se um pouco de raciocínio!). A
própria Lógica nos dá essa noção, portanto, estudem.
Meu pai meu abandonou quando eu tinha 11 anos de idade. Desde então,
optei por estudar para poder trabalhar no serviço público. Imagine a vida de
alguém que, a partir de 11 anos tem o pai como sumido, sem a proteção e, por
assim dizer, sem sorte em coisa alguma... a não ser depois que passou a estudar
com afinco? Mas aí o leitor já entende que o fruto desses estudos não foi a
sorte pura e simples. Foi mais uma recompensa.
Concluo recomendando que estudem. Quem estuda não
corre risco e pode até prever com certa margem de segurança se vai passar ou
não. A única e excelente vantagem de estudar é saber, de antemão, onde e quando
você não vai jogar o dinheiro da sua taxa de concurso no lixo.
Esta é a minha contribuição e a prova de tudo que estou dizendo aqui sou
eu mesmo.
Um abraço a todos e sucesso nos concursos. Lembrem-se: eu disse
"sucesso" e não "boa sorte", porque são coisas radicalmente
diferentes.
Contribuição do nosso
leitor Paulo Rogério Cosme da Silva (pcosmedasilva@yahoo.com.br).
Colaborou (e se identificou) com as
ideias deste testemunho, Alberto Vicente (alberto@concursosnobrasil.com.br)”
Acesso: 29/10/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qualquer sugestão ou solicitação a respeito dos temas propostos, favor enviá-los. Grata!