“ANS define
critérios para cobertura de 29 doenças genéticas por planos de saúde
Por iG São
Paulo | 12/12/2013 12:36 - Atualizada às 12/12/2013 12:42
Exame
preventivo para detecção de câncer de mama e ovário hereditário é um dos que
devem ser oferecidos
O Ministério
da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgaram, nesta
quinta-feira (12), os critérios para o uso adequado de tecnologias no
rastreamento e tratamento de 29 doenças genéticas que passam a ter cobertura
obrigatória dos planos de saúde em 2014.
Reprodução/ANS
Medicamentos
para câncer deverão estar na cobertura de planos de saúde a partir do ano que
vem
A medida
amplia a cobertura obrigatória dos planos, com exames mais complexos, e beneficia
42,5 milhões de usuários de planos individuais e coletivos de assistência
médica do país. Os procedimentos terão de ser oferecidos pelos planos de saúde
a partir de 02/01/2014.
Segundo a
ANS, um exemplo de exame genético que passa a ter cobertura obrigatória é o
gene BRCA1/BRCA2, para detecção de câncer de mama e ovário hereditários. Outros
destaques entre as novas diretrizes são: exame para a detecção da síndrome de
Lynch (câncer colorretal não poliposo hereditário); de hemofia A e B; e de
doenças relacionadas ao gene FMR1, como a Síndrome do X Frágil, Síndrome de
Ataxia/Tremor Associados ao X Frágil e Falência Ovariana Prematura.
A publicação
dessas novas diretrizes relacionadas a doenças genéticas já estava prevista
quando houve a divulgação do novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, em
21 de outubro deste ano – e que passou a englobar 87 tratamentos e
medicamentos, entre eles a distribuição de remédios orais para câncer. Assim
como estas diretrizes que estão sendo publicadas nesta quinta-feira, o novo Rol
também entra em vigor em 02/01/2014.
O Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde constitui a cobertura mínima obrigatória para
os beneficiários de planos contratados a partir de 2/01/1999 ou adaptados à Lei
nº 9.656/98. Ao longo de todo o trabalho de revisão do novo rol, foi criado um
grupo técnico específico para discutir a cobertura para os exames genéticos.
Participaram
do grupo técnico a Associação Médica Brasileira, representada pela Sociedade
Brasileira de Genética Médica -, Ministério da Saúde – representado pelo
Instituto Nacional de Câncer (Inca) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) -,
Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), Associação Brasileira de
Medicina de Grupo (Abramge), Unimed do Brasil e técnicos da ANS.
Como resultado
do processo, foram definidos critérios para 22 itens referentes à assistência,
ao tratamento e ao aconselhamento das condições genéticas contempladas nos
procedimentos de Análise Molecular de DNA e Pesquisa de Microdeleções e
Microduplicações por Florence In Sito Hybridization (FISH). Esses procedimentos
são utilizados para a avaliação e identificação de diversas doenças genéticas.
É a identificação que possibilita direcionar o tratamento mais adequado e
avaliar como será a evolução do paciente. É possível ajudar inclusive a evitar
que ocorram algumas complicações da doença.
De acordo
com a ANS, procedimentos genéticos já eram obrigatórios. A novidade com estas
novas diretrizes é a definição de critérios de utilização da tecnologia e a
ampliação de cobertura com exames mais complexos para determinadas doenças. Com
definições pormenorizadas, o objetivo é evitar dúvidas na aplicação do Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde e diminuir inclusive reclamações de
consumidores não atendidos pelos planos de saúde.
Veja a lista
das doenças abrangidas pela novas diretrizes:
1. CÂNCER DE
MAMA E OVÁRIO HEREDITÁRIOS - GENE BRCA1/BRCA2
Para
pesquisa de câncer de mama e ovário familiar.
2.
ADRENOLEUCODISTROFIA
Doença
genética rara ligada ao cromossomo X, que atinge as glândulas adrenais, sistema
nervoso e testículos. A doença atinge particularmente os homens e pode se
manifestar em qualquer idade.
3. ATAXIA DE
FRIEDREICH
Doença
genética e progressiva do sistema nervoso central cujos sintomas são
dificuldades de equilíbrio, falta de coordenação e dificuldades na articulação
das palavras.
4.
DEFICIÊNCIA DE ALFA 1 – ANTITRIPSINA
Pode causar
doença pulmonar, além de problemas hepáticos em recém nascidos, crianças e
adultos.
5. DISPLASIA
CAMPOMÉLICA
Algumas
anormalidades esqueléticas e fragilidades ósseas podem estar associadas a uma
síndrome denominada displasia campomélica.
Esta é uma
doença rara caracterizada por uma associação variável de anormalidades
esqueléticas como ossos abaulados, ossos frágeis, alterações na pelve,
anormalidades no peito, onze pares de costelas em vez dos doze, e outras
anomalias como dismorfologia facial, fenda palatina, alterações no cérebro,
alterações no coração e malformações renais.
6. DISTROFIA
MIOTÔNICA TIPO I E II
A Distrofia
Miotônica tipo 1 (DM1) é um trantorno multisistêmico que afeta o músculo
esquelético liso, incluindo o olho, coração, sistema endócrino e sistema
nervoso central. Os sintomas clínicos, que vão desde leves a severos, têm sido
classificados em 3 fenótipos: leve, clássico e congênito.
A Distrofia
Miotônica Tipo 2 (DM2) é uma doença neuromuscular caracterizada por sintomas
como a miotonia (contracção muscular involuntária com relaxamento retardado) e
disfunção muscular (ex.: fraqueza muscular), podendo também surgir menos
frequentemente defeitos na condução cardíaca, cataratas iridescentes
subcapsulares posteriores (opacidade que surge no cristalino do olho), diabetes
mellitus tipo 2 e perda da função testicular, entre outros.
7.
HEMOCROMATOSE
Hemocromatose
Hereditária é uma desordem multigênica relacionada ao metabolismo do ferro. A
desordem se caracteriza por uma sobrecarga sistêmica de ferro, devido ao
aumento inapropriado da absorção deste pelo intestino. Manifestações Clínicas:
O acúmulo progressivo de ferro provoca, geralmente, dano estrutural e prejuízo
funcional em articulações, pele, coração, diversas glândulas e vários órgãos
(como fígado e pâncreas), levando ao desenvolvimento de hiperpigmentação da pele,
cardiomiopatias, insuficiência supra-renal, hipotiroidismo, hipoparatiroidismo,
artrose, intolerância a lactose, diabetes mellitus, perda de cabelo corporal,
panhipopituitarismo e hepatomegalia, com evolução para fibrose, cirrose e
hepatocarcinoma.
8. HEMOFILIA
A
A hemofilia
A é um distúrbio hereditário da coagulação caracterizado por um aumento do
tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), fácil aparecimento de hematomas
e hemorragias dentro de articulações e músculos. Por ser uma doença de herança recessiva
ligada ao X (gene localizado em Xq28), mulheres raramente são afetadas.
9. HEMOFILIA
B
A hemofilia
B é uma doença com herança recessiva causada por mutação herdada ou adquirida
no gene do fator IX ou por inibição adquirida do fator IX.
O defeito
resulta em geração insuficiente de trombina pelos fatores IXa e VIIIa na via
intrínseca da cascata de coagulação. Esse mecanismo, em conjunto com o efeito
do inibidor de fator tecidual, cria uma grande tendência a sangramento
espontâneo (hemorragias). Na hemofilia B grave, a hemorragia articular
espontânea é o sintoma mais frequente.
10.
MUCOPOLISSACARIDOSE
As
Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas por
erros inatos do metabolismo que determinam a diminuição da atividade de
determinadas enzimas, que atuam numa estrutura da célula chamada lisossomo. As
MPS fazem parte de um grupo chamado Doenças de Depósito Lisossômico. As
manifestações clínicas das MPS variam de acordo com a enzima que está em falta
no portador da doença.
11.
NEOPLASIA ENDRÓCRINA MÚLTIPLA – MEN2
As
Neoplasias Endócrinas Múltiplas Tipo 2 (MEN2) subdividem-se em 3 grupos: MEN2A,
MEN2B e Carcinoma Medular da Tiroide Familiar.
- O
diagnóstico clínico de MEN2A está associado à presença de dois ou mais tumores
endócrinos: carcinoma medular da tiroide (>95%), feocromocitoma (50%),
adenoma (tumor, de modo geral benigno) ou hiperplasia (desenvolvimento anormal
exagerado) da paratiroide (20-30%). Habitualmente, na síndrome MEN2A, o
carcinoma medular da tiroide desenvolve-se na idade jovem adulta.
- À síndrome
MEN2B está associado um risco para neuromas mucosos dos lábios e língua, lábios
aumentados, ganglioneuromatose do tracto gastointestinal e características
físicas da síndrome de Marfan. A presença de feocromocitomas é observada em
cerca de 50% dos indivíduos com MEN2B. Na síndrome MEN2B, o carcinoma medular
da tiróide ocorre normalmente na infância.
- O
Carcinoma Medular da Tiroide Familiar é diagnosticado em famílias com quatro
casos de carcinoma medular da tiroide na ausência de feocromocitoma ou adenoma
da paratiroide. Neste grupo, o carcinoma medular da tiroide desenvolve-se mais
tarde, entre a quarta e quinta década de vida.
12.
OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
Distúrbio
hereditário do tecido conjuntivo, caracterizado por fragilidade óssea e com
manifestações clínicas muito variadas. As características clínicas da Osteogênese
Imperfeita representam uma sequência contínua, variando da letalidade perinatal
a indivíduos com deformidades esqueléticas severas; deteriorações da mobilidade
e estatura muito baixa a indivíduos quase assintomáticos com uma leve
predisposição a fraturas; estatura normal e expectativa de vida normal. Podem
ocorrer fraturas em qualquer osso, mas são mais comuns nas extremidades. É
caracterizada por dentes acinzentados ou marrons que podem parecer
transparentes e desgastados e que quebram facilmente.
13. POLIPOSE
ADENOMATOSA FAMILIAR
A polipose
adenomatosa familiar (FAP) é uma doença autossômica dominante caracterizada
pelo desenvolvimento de numerosos pólipos adenomatosos e um grande risco para o
surgimento de tumores colo-retais.
14. POLIPOSE
ASSOCIADA AO MUTYH
A polipose
associada ao MYH é uma doença genética, com transmissão autossômica recessiva,
que se associa ao desenvolvimento de múltiplos adenomas e carcinomas do cólon e
reto.
15. SÍNDROME
DE ANGELMAN E SÍNDROME DE PRADER-WILLI
A Síndrome
de Angelman (AS) é caracterizada por atraso severo no desenvolvimento ou
retardo mental, debilitação severa de comunicação, marcha atáxica, convulsões
(que se iniciam com cerca de um ano e meio de idade e costumam ser acompanhadas
de febre alta) e um comportamento único que inclui rir e sorrir com frequência
e excitabilidade. Fisicamente, os pacientes apresentam boca grande, queixo
proeminente, dentes espaçados e língua protusa.
A síndrome
de Prader-Willi é uma doença genética que afeta o desenvolvimento da criança,
resultando em obesidade, estatura reduzida e baixo tônus muscular (hipotonia).
Os portadores apresentam dificuldades de aprendizagem e problemas
comportamentais, entre eles: depressão, episódios de violência, mudanças
repentinas de humor, impulsividade, agitação e obsessões por determinadas
ideias ou atividades.
16.
SÍNDROMES DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ASSOCIADA À ANOMALIA CONGÊNITA NÃO
RECONHECIDA CLINICAMENTE
A
Deficiência Intelectual, segundo a Associação Americana sobre Deficiência
Intelectual do Desenvolvimento, caracteriza-se por um funcionamento intelectual
inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas
áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social,
saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções
acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem antes dos 18 anos de idade.
17.
SÍNDROMES DE DELEÇÕES SUBMICROSCÓPICAS RECONHECÍVEIS CLINICAMENTE
- Os
indivíduos com SWH (Síndrome Wolf-Hirschhorn) têm marcado atraso de crescimento
intra-uterino. As alterações crânio-faciais são características e incluem
microcefalia, fronte alta com glabela proeminente, hipertelorismo, epicanto e
sobrancelhas arqueadas. Estas alterações tornam-se menos evidentes com a idade.
Habitualmente, o desenvolvimento é lento, com atraso cognitivo moderado a
grave, hipotonia e convulsões. As crianças com esta patologia podem ainda
apresentar malformações esqueléticas (60 a 70%), patologia cardíaca congénita
(50%), defeitos estruturais a nível cerebral (33%) e perda de audição (30%).
- A síndrome
de Cri-du-chat - também conhecida como síndrome do grito do gato, síndrome do
miado do gato ou síndrome de Lejeune -, trata-se de uma rara desordem genética,
ocasionada por uma mutação no cromossomo 5. As manifestações clínicas incluem:
Atraso do desenvolvimento mental; baixa estatura; queixo pequeno; dentes
projetados para frente; micrognastia; choro que lembra o miado de um gato;
rosto redondo; microcefalia; hipotonia; presença de uma única linha na palma da
mão; sindactilia nas mãos e nos pés; orelhas localizadas logo abaixo da linha
das orelhas; dobra epicântica; dificuldade para sugar e deglutir alimentos
líquidos e sólidos; refluxo esofágico.
- A síndrome
de Smith-Magenis, também conhecida como síndrome da deleção 17p11.2, representa
uma condição na qual ocorre a deleção de parte do braço curto do cromossomo 17.
A maior
parte dos casos da desordem é esporádica, ou seja, surge devido à ocorrência de
novas mutações, sendo os progenitores normais. Contudo, infrequentemente, os
rearranjos podem ser herdados.
As
manifestações clínicas desta síndrome são diversas, envolvendo feições faciais
peculiares, como rosto quadrado, olhos profundos, bochechas avantajadas,
mandíbula proeminente, nariz achatado e comissuras labiais voltadas para baixo.
Estas características faciais normalmente são menos perceptíveis durante a
infância, porém, no final da infância ou no início da fase adulta, elas
costumam ser mais marcantes.
- A síndrome
de Miller-Dieker - também denominada lisencefalia ou síndrome da deleção do
cromossomo 17p13.3 -, trata-se de uma desordem genética, de caráter autossômico
dominante, caracterizada pela ausência de circunvolunções (giros) e fissuras
(sulcos) no córtex cerebral, conferindo ao cérebro um aspecto liso. Os
portadores da síndrome apresentam um cérebro liso, desprovido de giros e
sulcos. Ao invés de seis camadas, o córtex cerebral apresenta somente quatro
dessas camadas, bem como microcefalia. As características faciais são
peculiares, como afundamento das temporas, nariz arrebitado, estrias verticais
na testa, além de mandíbula pequena. Também é observado atraso no crescimento e
desenvolvimento mental e anormalidades diversas no cérebro, coração, rins e
trato gastrointestinal. Déficit de crescimento, dificuldade de alimentação,
convulsões e redução da atividade espontânea podem estar presentes também, o
que tipicamente leva à morte do portador ainda na infância.
- A síndrome
de WAGR - definida pela presença de aniridia, retardo mental, malformações do
trato genitourinário e tumor de Wilms - é uma síndrome de genes contíguos
associada à deleção (11p13), com mutações nos genes WT1 e AN2. A associação de
tumor de Wilms com surgimento precoce, entre 2 e 3 anos de idade, com outras
anomalias congênitas foi primeiramente descrita por Miller et al (1964), sendo
subsequentemente designada síndrome de WAGR.
18. SÍNDROME
DE HIPOFOSFATASIA
Doença do
metabolismo ósseo; é deficiência de fosfatase alcalina não específica do
tecido, decorrente de mutações nos genes responsáveis pela produção dessa proteína.
Geralmente, quanto menor for a idade de diagnóstico, maior a gravidade da
doença.
19. SÍNDROME
DE LYNCH – CÂNCER COLORRETAL NÃO POLIPOSO HEREDITÁRIO (HNPCC)
A síndrome
de Lynch - também chamada de câncer colorretal hereditário (transmissão
autossômica dominante) não polipoide - consiste em um tipo de câncer
hereditário do trato digestivo, que acomete em especial o cólon e o reto,
representando de 3% a 5% dos casos de câncer nesses dois locais. Indivíduos que
apresentam esta síndrome possuem maiores chances de desenvolver câncer de
estômago, intestino delgado, fígado, ductos biliares, trato urinário superior,
cérebro, pele e próstata, bem como câncer no endométrio e ovários.
20. SÍNDROME
DE NOONAN
A Síndrome
de Noonan (SN) é caracterizada por: (1) baixa estatura; (2) defeito cardíaco
congênito; (3) pescoço amplo ou alado; (4) tórax com formato incomum com pectus
carinatum superior, pextus excavatum inferior, e mamilos de implantação
aparentemente baixa; (4) atraso desenvolvimental de grau variável; (5)
criptorquidismo; (5) e expressão facial característica. Defeitos de coagulação
variados e displasias linfáticas são observados frequentemente. A doença
cardíaca congênita ocorre em 50-80% dos indivíduos.
21. SÍNDROME
DE WILLIAMS-BEUREN
A síndrome
de Williams é caracterizada por: (1) doença cardiovascular, como arteriopatia
elastina, estenose pulmonar periférica, estenose aórtica supravalvular,
hipertensão; (2) fácies distintivas; (3) anormalidades do tecido conectivo; (4)
retardo mental geralmente leve; (5) perfil cognitivo específico; (6)
características únicas de personalidade; (7) anormalidade de crescimento; (8) e
anormalidades endócrinas, como hipercalcemia, hipercalciuria, hipotiroidismo e
puberdade precoce.
22. DOENCAS
RELACIONADAS AO GENE FMR1 (SÍNDROME DO X FRÁGIL, SÍNDROME DE ATAXIA/TREMOR
ASSOCIADOS AO X FRÁGIL - FXTAS E FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA - FOP)
A SXF
(Síndrome do cromossomo X frágil) é a forma mais frequente de deficiência
mental herdada, afetando homens e mulheres. O comprometimento mental dos
afetados é variável. Alterações de comportamento, como hiperatividade e déficit
de atenção, também são observadas, além de sinais identificados em transtornos
do espectro autista. Algumas características físicas tornam-se mais evidentes
após a puberdade, como face alongada, orelhas grandes e em abano, mandíbula
proeminente e macroorquidia. Mulheres portadoras de pré-mutação podem
apresentar menopausa precoce, que se caracteriza pela cessação completa dos
períodos menstruais antes dos 40 anos de idade. Homens portadores de
pré-mutação podem apresentar FXTAS (síndrome do tremor/ataxia associada a X
frágil), caracterizada por ataxia cerebelar de início tardio e tremor de
intenção. Este quadro se manifesta com menor frequência entre as mulheres portadoras
de pré-mutação”.
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