“Governo do Rio
cria comissão para investigar origem de grupos violentos em manifestações
O governo do estado do Rio de Janeiro
vai criar por decreto nesta sexta-feira (19) uma comissão especial para
investigar os grupos que vêm agindo nas manifestações que há um pouco mais de
mês são realizadas na cidade.
O Ministério Público e as polícias
Civil e Militar indicarão membros para que a comissão já se reúna pela primeira
vez nesta sexta. Ela terá como foco a investigação da origem dos grupos que, no
final das manifestações, atuam com violência e cometem crimes como dano ao
patrimônio público e privado, além de colocar em risco a vida das pessoas.
O objetivo é ter mais respaldo para
efetuar prisões e, assim, evitar que os acusados ficam livres com o pagamento
de fianças, informou o secretário da Casa Civil, Régis Fichtner.
Ele negou que a polícia tenha sido
omissa na manifestação desta quarta, que acabou em violência no Leblon,
alegando que antes a corporação fazia a contenção e dispersão dos manifestantes
e foi criticada. Ontem, não fizeram a dispersão e acabou em violência e
vandalismo, afirmou.
"A polícia está avaliando de novo
a forma melhor para reagir a esse tipo de atividade ilícita e chegaremos ao
meio termo, que impeça dano a patrimônio público e que as pessoas se
machuquem", disse Fichtner.
De acordo com o
procurador-geral da Justiça, Marfan Martins Vieira, a função da comissão
vai ser coordenar as atividades de investigação em relação às práticas de
crimes, mas a atuação da polícia também será observada. A comissão terá
prioridade em todo o estado, com poderes para requisitar informações e assim
tentar chegar na origem dos grupos.
"A comissão vai trabalhar os
inquéritos que já existem e levar a investigação até as origens, de onde vem, o
que pretendem, são financiadas por quem, quem está por trás disso, ou vamos
continuar prendendo em flagrante e depois concedendo fiança", explicou
Vieira.
Ele também destacou que, com a
comissão, as prisões serão mais eficientes. "Sei que das nove prisões de
ontem, apenas uma subsistiu, porque havia a participação em quadrilha
qualificada, e também crime de explosão, que não tem fiança", informou.
-- Folha Online"
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