A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), aliou a tecnologia à prestação jurisdicional e na manhã desta quinta-feira (15) realizou a primeira audiência de atendimento aos advogados por videoconferência.
“Há
alguns anos venho pensando em como fazer isso. E agora, com essa
tecnologia, com esse meio, nós vamos conseguir atender melhor o
jurisdicionado. O importante é que todo o cidadão que tenha um processo
na Justiça se sinta absolutamente seguro de que o juiz não está só
atento àquele que foi até o gabinete conversar com o ministro mas que
também pensa nele, que não teve a chance de vir”, esclarece a ministra.
Para
a magistrada, essa forma moderna de comunicação evita a oneração do
custo do processo com o deslocamento para Brasília. “Sempre me preocupei
com as pessoas que não têm como custear uma viagem do advogado a
Brasília para ser atendido pelo ministro. Isso era algo que me
incomodava sobremaneira”, explica. Aliás, todo brasileiro tem o direito
constitucional de conhecer o juiz que vai decidir sobre o seu direito.
A
experiência foi considerada um sucesso. “Foi possível conversar
perfeitamente, fiz as anotações, a advogada Patricia Rios - escolhida
para o atendimento piloto - apresentou seus argumentos e oportunamente
irei apreciar o processo. Eu me sinto aliviada porque a experiência
realiza todos nós”, avaliou. Além de se evitar o gasto do deslocamento, a
própria advogada disse que, enquanto esperava o contato do STJ,
continuou trabalhando normalmente no escritório.
“Pretendo
adotar essa prática para o advogado que tiver interesse. E penso que o
caminho daqui para frente é diminuir essas viagens para falar comigo
daqui pra frente”, afirma.
Na
página dela no Portal do Superior Tribunal de Justiça já está constando
como os advogados devem proceder para solicitarem o atendimento
virtual. Quando o gabinete defere o pedido, o interessado é informado do
dia e da hora em que deverão estar aguardando o contato.
Um
procedimento muito simples, como ensina a ministra. “Há detalhes de
tecnologia, mas que são simples e até gratuitos, e os que não tiverem
acesso continuam com a possibilidade de virem pessoalmente, mas acho que
hoje em dia dificilmente um escritório de advocacia não teria essa
tecnologia, até porque o STJ atualmente trabalha com todos os processos
em formato eletrônico”, acredita.
Todo
cidadão brasileiro tem o direito constitucional de um dia pelo menos na
vida ver o juiz que vai julgar a sua causa, acredita a ministra.
Fonte: Superior Tribunal de Justiça
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