Tribunal pode criar sistema nacional de monitoramento de habeas corpus
O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá utilizar sua plataforma de
Business Intelligence (BI) para criar um sistema nacional de
monitoramento de habeas corpus de presos, baseado no modelo desenvolvido
pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná.
A
ideia é disponibilizar, em tempo real, informações precisas sobre a
situação de cada detento do sistema carcerário brasileiro para agilizar o
julgamento dos pedidos de habeas corpus que tramitam nas Turmas de
direito criminal do STJ.
A
plataforma de monitoramento do sistema carcerário do Paraná reúne
informações como a situação prisional, condições para progressão de
pena, periculosidade e comportamento de cada detento. O sistema foi
apresentado na manhã desta quinta-feira (27) ao presidente do STJ,
ministro Felix Fischer, pela secretária de Justiça do Paraná, Maria
Tereza Uille Gomes.
Projeto piloto
O
presidente ficou tão entusiasmado com a apresentação, que determinou a
imediata instalação de um grupo de trabalho para desenvolver o projeto
piloto em parceria com os técnicos paranaenses. Segundo o presidente,
toda tecnologia que possa ser aplicada para agilizar os trabalhos e
otimizar o sistema carcerário nacional é sempre bem-vinda.
O
projeto piloto vai integrar a plataforma do STJ ao banco de dados da
secretaria paranaense, que já disponibilizou a ferramenta ao Tribunal. O
secretário de Tecnologia da Informação do STJ, Leonardo Alam, atestou
que o sistema do Paraná é totalmente compatível com a plataforma do STJ.
Quando
estiver em funcionamento, o sistema permitirá que os ministros do STJ,
informando o número do RG e o nome do detento, verifiquem a situação
penal dos presos que possuem pedido de habeas corpus tramitando no
Tribunal. “Além de agilizar o julgamento, o sistema reduz injustiças
contra presos que já deveriam estar soltos ou beneficiados pela
progressão de regime”, afirmou o presidente.
Capacitação
A
ideia é que o banco de dados seja abastecido pelos juízes de execução.
Para tanto, a diretora-geral da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo (Enfam),
ministra Eliana Calmon, já se prontificou a criar cursos de treinamento
para os juízes de execução penal de todo o Brasil.
O
encontro ocorreu no gabinete da presidência e contou com a participação
dos ministros Sidnei Beneti, Eliana Calmon e Humberto Martins, do
desembargador convocado Campos Marques, da conselheira do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) Morgana Richa e do secretário de TI do STJ,
Leonardo Alam.
Fonte: Supremo Tribunal de Justiça
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