Mais
um consumidor procurou o Ministério Público do Estado de Alagoas
(MPE/AL) para denunciar a falta de cuidados na produção e distribuição
de refrigerantes em Maceió. Na
última quarta-feira (25), foi a vez da decoradora Erisvânia Santos
encontrar num vasilhame da Coca-Cola um objeto sólido dentro do
recipiente fechado. A 2ª Promotoria de Justiça da Capital – Defesa do
Consumidor vai ajuizar nos próximos dias uma ação civil pública
solicitando as medidas judiciais cabíveis contra a empresa responsável
pelo refrigerante no estado, a Companhia de Bebidas e Alimentos do São
Francisco (CBA), que em menos de um mês permitiu a comercialização de
dois produtos com substância estranhas.
Após
comprar uma caixa do produto num depósito localizado no bairro da Ponta
Grossa, Erisvânia Santos percebeu o objeto sólido em uma das garrafas
Ks de 290 ml pouco antes de colocar a bebida para resfriar na geladeira.
De acordo com a decoradora, o refrigerante seria destinado para o
lanche de sua neta, de apenas seis anos. “Assim que vi a substância na
garrafa, liguei para a fabricante questionando o que poderia ser feito. A
primeira resposta que me deram foi a de trocar o produto por outro,
mas, diante da minha negativa, eles sugeriram que eu procurasse os meus
direitos, por isso estou aqui. Espero que o Ministério Público tome as
providências necessárias para evitar que mais pessoas corram o risco de
ficar doentes com a bebida”, explicou Erisvânia.
O
promotor de Justiça Mário Augusto Soares Martins afirmou que o órgão
ministerial vai agir no sentido de garantir a segurança e a saúde
pública dos consumidores da Capital. Mário Martins lembra que instaurou
uma inquérito civil público no início de setembro para apurar a
comercialização de uma garrafa de refrigerante em que foi encontrado um
confeito também dentro do recipiente vedado “Como a empresa em destaque é
reincidente na fabricação de produtos impróprios para consumo,
adotaremos uma ação mais enérgica. Os dois incidentes indicam que a CBA
não adota as medidas de segurança adequadas para a produção do
refrigerante”, disse o promotor.
MPE/AL também investiga Pepsi
Nesta
quarta-feira, a 2ª Promotoria de Justiça da Capital – Defesa do
Consumidor instaurou inquérito civil público para investigar o
aparecimento de um objeto sólido numa garrafa pet de 237 ml do
refrigerante da marca Pepsi. Ontem, a dona de casa Jaqueline Oliveira
encontrou a substância estranha no recipiente fechado também um pouco
antes de oferecer a sua filha.
No
procedimento, o promotor Mário Martins pede que Superintendência de
Proteção e Defesa do Consumidor de Alagoas (Procon/AL) realize inspeção
no estabelecimento comercial revendedor do refrigerante viciado e nos
demais produto da mesma marca. O Ministério Público Estadual coletará
documentos, certidões, informações e o resultado de perícias e
diligências para esclarecer o incidente.
Confeito de café no refrigerante
O
Procon/AL informou ao Ministério Público Estadual que o estado não
possui estrutura para realizar a perícia do vasilhame de 1l de Coca-Cola
em que foi encontrado o confeito, nem mesmo por meio de órgãos
parceiros e conveniados, como a Vigilância Sanitária Estadual e o
Instituto de Metrologia e Qualidade de Alagoas (INMQE/AL).
“Como
nosso órgão não tem competência técnica para realização da perícia,
solicitamos a colaboração do INQME/AL, que nos informou não realizar
perícias e que deveríamos enviar o produto para ser periciado pela
Vigilância Sanitária Estadual. O referido produto foi enviado para a
Vigilância Sanitária e a Divisa nos informou que não tem competência
para esse tipo de procedimento”, diz o ofício assinado pelo
superintendente do Procon/AL, Rodrigo Cunha.
O
promotor Mário Martins vai solicitar ao 1º Central de Apoio Operacional
do Ministério Público a contratação de empresa competente para a
realização da perícia do refrigerante.
Fonte: Ministério Público de Alagoas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qualquer sugestão ou solicitação a respeito dos temas propostos, favor enviá-los. Grata!