0/11/2012 09h31 - Atualizado em 20/11/2012 10h05
Começa segundo dia de julgamento de “Bruno e acusados no caso Eliza
Réus já foram levados para Fórum de Contagem, em Minas Gerais.
Primeiro dia teve um réu a menos e início do depoimento das testemunhas.
Começou o segundo dia de julgamentos do caso Eliza Samudio, nesta terça-feira (20), por volta das 9h30.
Os réus Bruno Fernandes e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, já estão no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Além deles, mais dois acusados estão sendo julgados no processo de cárcere privado e morte de Eliza, ex-amante de Bruno, que foi goleiro do Flamengo.
O segundo dia deve prosseguir com os depoimentos das testemunhas de acusação. Na segunda-feira (19), o ex-motorista de Bruno, Cleiton Gonçalves, foi ouvido durante o julgamento, presidido pela juíza Marixa Fabiane.
Nesta terça-feira, a primeira testemunha que deve ser ouvida é João Batista, que presenciou o depoimento do ex-motorista à polícia antes do julgamento. Em seguida, deve ocorrer uma acareação entre João Batista e Cleiton.
Na sequência, a testemunha que deve depor é a delegada Ana Maria Santos, que atuou nas investigações do desaparecimento da ex-amante de Bruno. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ela foi convocada para comparecer ao fórum às 9h, assim como a delegada Alessandra Wilke, que também trabalhou na apuração. Apesar de não ter sido arrolada pelo MP, ela também pode ser ouvida nesta terça-feira, segundo a Justiça.
Além destes, faz parte do corpo de testemunhas de acusação o detento Jaílson Alves de Oliveira, que diz ter ouvido uma confissão de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Por fim, o depoimento de Renata Garcia da Costa, assistente do sistema socioeducativo de Minas Gerais, já foi dado por carta precatória e não vai ser ouvido durante o júri. Ela acompanhou os primeiros depoimentos do caso feitos à polícia, e por isso foi arrolada como testemunha.
Somente após a conclusão dos depoimentos das testemunhas de acusação é que serão ouvidas as testemunhas de defesa. A previsão é que o julgamento dure pelo menos duas semanas.
Plano
A Promotoria acusa o jogador, que era titular do Flamengo, de ter arquitetado o plano para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia. Ele seria o responsável por planejar o cárcere e desaparecimento da ex-amante.
O júri, que teve início com cinco acusados, deverá continuar com apenas quatro no banco dos réus. O ex-policial Bola, acusado de ser o executor de Eliza, recusou ser defendido por um defensor público, e será julgado em outra data.
Ex-motorista fala sobre 'Eliza já era'
Passava das 17h de segunda-feira (19) quando a primeira testemunha do caso – Cleiton Gonçalves, ex-motorista de Bruno – começou a ser ouvida.
Arrolado pela acusação, feita pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, ele confirmou à juíza que ouviu de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, que "Eliza já era". A declaração, segundo a testemunha, foi dada em 10 de junho de 2010, data apontada como dia da execução da ex-amante de Bruno. "Eu nem procurei saber o que ele tava falando", disse ao júri.
Durante a investigação policial, Cleiton Gonçalves foi baleado de raspão, no dia 26 de agosto de 2012, e teve seu carro atingido por disparos no dia seguinte. Os ataques aconteceram quatro dias depois da morte de Sérgio Rosa Sales. Na época, o delegado Wagner Pinto disse que as tentativas de homicídio estavam relacionadas a morte de um homem ocorrida em uma churrascaria, dentro de um posto de gasolina, em Contagem, no dia 2 de março deste ano. Cleiton chegou a ser preso, mas foi liberado. O advogado da testemunha também disse que a motivação das tentativas de homicídio não tinha relação com o caso.
Rui Pimenta, advogado de Bruno, perguntou ao ex-motorista se ele considerava o goleiro um "bom homem". "Para mim é uma boa pessoa. Eu nunca presenciei [ele fazendo mal]", disse a testemunha, acrescentando que Bruno "nunca mostrou ser desequilibrado".
O depoimento de Cleiton Gonçalves à polícia foi lido durante a sessão. Segundo a denúncia, o ex-motorista esteve com Bruno nos dias em que Eliza era mantida em cárcere privado no sítio do atleta, em Esmeraldas (MG).
No dia 8 de junho de 2010, ele estava com os primos de Bruno, Sérgio Rosa Sales e Jorge Luiz Lisboa Rosa, quando o carro do goleiro foi apreendido pela Polícia Militar em uma blitz por causa de documentação irregular. No veículo, que havia sido usado para transportar Eliza do Rio de Janeiro para Minas Gerais, foram encontrados vestígios de sangue. O ex-motorista negou ter visto manchas de sangue no carro”.
Para ler mais sobre o Caso Eliza Samudio, clique em g1.globo.com/minas-gerais/julgamento-do-caso-eliza-samudio/. Siga também o julgamento no Twitter e por RSS.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Relações da ética com outras ciência: filosofia, moral, psicologia, sociologia, antropologia, história, economia, política, e o direito