Era uma criança pura, que não fez mal a ninguém', diz pai de bebê assassinado

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'Era uma criança pura, que não fez mal a ninguém', diz pai de bebê assassinado

Segundo a polícia, Ingrid de Carvalho Cristiano, babá da criança, jogou a vítima no chão e pisou no seu pescoço por 'não aguentar mais o choro' do bebê

O DIA
Bebê de 7 meses foi jogado no chão e teve seu pescoço pisado por babá que não aguentava o barulho do choro da criança
Foto:  Reprodução Internet
Rio - Luiz Henrique, pai de Paulo Henrique, o bebê de 7 meses que foi assassinado pela babá nesta terça-feira, informou que a própria filha de 3 anos da acusada Ingrid de Carvalho Cristiano contou para os pais da vítima que a mãe jogou o bebê no chão e pisou no pescoço da criança. Segundo a filha, a mãe não conseguia dormir com o barulho do choro do bebê. Inconsolável, o pai desabafou no Instituto Médico-Legal (IML): "Era um bebê puro, que nunca fez mal a ninguém", disse em entrevista ao RJTV.  
De acordo com informações da polícia, o bebê já chegou morto no Hospital Central da PM, no Estácio. Segundo o laudo da unidade médica, a criança sofreu uma agressão no peito. O impacto foi tão forte que atingiu o coração e a coluna de Paulo Henrique.
"Eu preferia que Deus levasse a minha vida do que a vida do meu filho, que não viveu nada. Sete meses...sete mesinho...", desabafou o pai. 
Segundo parentes, a babá tomava conta da criança há 4 meses e dormia na residência da família no Morro do São Carlos, no Estácio, na Zona Norte.
O delegado assistente da 17ª DP (São Cristóvão) Othon Alves Filho disse que a testemunha chave foi a própria filha da babá. "Ela comentou com duas senhoras o que tinha acontecido. As senhoras que estavam no hospital contaram para a polícia e os PMs já chamaram a viatura para levar a babá para depor. No entanto a acusada afirmou que só falaria em juízo".

"A babá deu duas cotoveladas no diafragma da criança, que estava na cama e caiu. Depois ela deu dois chutes no bebê", relatou o delegado, que afirmou que a acusada não demonstrou nenhum arrependimento. 
Ingrid foi presa em flagrante e autuada por homicídio qualificado por motivo fútil
Foto:  Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Ingrid foi presa em flagrante e autuada por homicídio qualificado por motivo fútil e com causa de aumento em razão de a vítima ser menor de 14 anos de idade. Ela já foi transferida para um presídio feminino. A mulher só confessou o crime depois, na delegacia. E admitiu que não estava com sono, mas sim muito nervosa pelo fato de o bebê não parar de chorar. Segundo ela, a mulher ficou fora de si e acabou cometendo o crime.
A mãe da criança, Nathali Fernandes Cesário, de 21 anos, só chegou para buscar o filho na casa da babá por volta das 17h30, três horas depois do ocorrido. Ela percebeu que seu filho estava estranho e o levou para o hospital, onde foi constatado o óbito do menino.
O enterro do bebê será no Cemitério do Catumbi, nesta quarta-feira.
Reportagem de Roberta Trindade

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