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Altera o Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo
Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999
, para dispor sobre a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade da pessoa com deficiência.
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A Presidenta da República, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 84, caput, incisos IV
e
VI, alínea "a", da Constituição
, e tendo em vista o disposto na
Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013
,
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Art.
1º O Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo
Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999
, passa a vigorar com as seguintes alterações:
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§ 8º Constarão no CNIS as informações do
segurado relativas aos períodos com deficiência leve, moderada e grave,
fixadas em decorrência da avaliação médica e funcional." (NR)
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§ 23. É garantida a aplicação do fator
previdenciário no cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e
por idade devidas ao segurado com deficiência, se resultar em renda
mensal de valor mais elevado, devendo o INSS, quando da concessão do
benefício, proceder ao cálculo da renda mensal inicial com e sem a
aplicação do fator previdenciário.
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§ 24. Para efeitos do disposto no § 23, na
aplicação do fator previdenciário, será considerado o tempo de
contribuição computado para fins de cálculo do salário-de-benefício."
(NR)
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d) cem por cento do salário-de-benefício,
para o segurado que comprovar, na condição de pessoa com deficiência, o
tempo de contribuição disposto no art. 70-B;
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§ 2º Para os segurados especiais, inclusive os com deficiência, é garantida a concessão, alternativamente:
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Das Aposentadorias por Tempo de Contribuição e por Idade do Segurado com Deficiência
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Art. 70-A.
A concessão da
aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que
tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia
própria do INSS, grau de deficiência leve, moderada ou grave, está
condicionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data
da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos
para o benefício.
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Art. 70-B.
A aposentadoria por tempo
de contribuição do segurado com deficiência, cumprida a carência, é
devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso,
contribuinte individual e facultativo, observado o disposto no art.
199-A e os seguintes requisitos:
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I - aos vinte e cinco anos de tempo de
contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;
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II - aos vinte e nove anos de tempo de
contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e
quatro anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; e
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III - aos trinta e três anos de tempo de
contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e
oito anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.
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Parágrafo único. A aposentadoria de que
trata o caput é devida aos segurados especiais que contribuam
facultativamente, de acordo com o disposto no art. 199 e no § 2º do art.
200.
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Art. 70-C.
A aposentadoria por idade
da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado aos
sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se
mulher.
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§ 1º Para efeitos de concessão da
aposentadoria de que trata o caput, o segurado deve contar com no mínimo
quinze anos de tempo de contribuição, cumpridos na condição de pessoa
com deficiência, independentemente do grau, observado o disposto no art.
70-D.
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§ 2º Aplica-se ao segurado especial com
deficiência o disposto nos §§ 1º a 4º do art. 51, e na hipótese do § 2º
será considerada a idade prevista no caput deste artigo, desde que o
tempo exigido para a carência da aposentadoria por idade seja cumprido
na condição de pessoa com deficiência.
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Art. 70-D.
Para efeito de concessão da
aposentadoria da pessoa com deficiência, compete à perícia própria do
INSS, nos termos de ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, dos
Ministros de Estado da Previdência Social, da Fazenda, do Planejamento,
Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da União:
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I - avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau; e
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II - identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em cada grau.
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§ 1º A comprovação da deficiência anterior à
data da vigência da Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013, será
instruída por documentos que subsidiem a avaliação médica e funcional,
vedada a prova exclusivamente testemunhal.
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§ 2º A avaliação da pessoa com deficiência
será realizada para fazer prova dessa condição exclusivamente para fins
previdenciários.
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§ 3º Considera-se pessoa com deficiência
aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras,
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.
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§ 4º Ato conjunto do Ministro de Estado
Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, dos
Ministros de Estado da Previdência Social, da Fazenda, do Planejamento,
Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da União definirá impedimento de
longo prazo para os efeitos deste Decreto.
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Art. 70-E.
Para o segurado que, após a
filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau
alterado, os parâmetros mencionados nos incisos I, II e III do caput do
art. 70-B serão proporcionalmente ajustados e os respectivos períodos
serão somados após conversão, conforme as tabelas abaixo, considerando o
grau de deficiência preponderante, observado o disposto no art. 70-A:
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MULHER
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TEMPO A CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
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Para 20
|
Para 24
|
Para 28
|
Para 30
|
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De 20 anos
|
1,00
|
1,20
|
1,40
|
1,50
|
|
De 24 anos
|
0,83
|
1,00
|
1,17
|
1,25
|
|
De 28 anos
|
0,71
|
0,86
|
1,00
|
1,07
|
|
De 30 anos
|
0,67
|
0,80
|
0,93
|
1,00
|
|
|
HOMEM
|
|
TEMPO A CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
|
Para 25
|
Para 29
|
Para 33
|
Para 35
|
|
De 25 anos
|
1,00
|
1,16
|
1,32
|
1,40
|
|
De 29 anos
|
0,86
|
1,00
|
1,14
|
1,21
|
|
De 33 anos
|
0,76
|
0,88
|
1,00
|
1,06
|
|
De 35 anos
|
0,71
|
0,83
|
0,94
|
1,00
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§ 1º O grau de deficiência preponderante
será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo de contribuição, antes
da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo
necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com
deficiência e para a conversão.
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§ 2º Quando o segurado contribuiu
alternadamente na condição de pessoa sem deficiência e com deficiência,
os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão
de que trata o caput.
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Art. 70-F.
A redução do tempo de
contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada, no
mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de
contribuição relativos a atividades exercidas sob condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
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§ 1º É garantida a conversão do tempo de
contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência,
para fins da aposentadoria de que trata o art. 70-B, se resultar mais
favorável ao segurado, conforme tabela abaixo:
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MULHER
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TEMPO A CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
|
Para 15
|
Para 20
|
Para 24
|
Para 25
|
Para 28
|
|
De 15 anos
|
1,00
|
1,33
|
1,60
|
1,67
|
1,87
|
|
De 20 anos
|
0,75
|
1,00
|
1,20
|
1,25
|
1,40
|
|
De 24 anos
|
0,63
|
0,83
|
1,00
|
1,04
|
1,17
|
|
De 25 anos
|
0,60
|
0,80
|
0,96
|
1,00
|
1,12
|
|
De 28 anos
|
0,54
|
0,71
|
0,86
|
0,89
|
1,00
|
|
|
HOMEM
|
|
TEMPO A CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
|
Para 15
|
Para 20
|
Para 25
|
Para 29
|
Para 33
|
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De 15 anos
|
1,00
|
1,33
|
1,67
|
1,93
|
2,20
|
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De 20 anos
|
0,75
|
1,00
|
1,25
|
1,45
|
1,65
|
|
De 25 anos
|
0,60
|
0,80
|
1,00
|
1,16
|
1,32
|
|
De 29 anos
|
0,52
|
0,69
|
0,86
|
1,00
|
1,14
|
|
De 33 anos
|
0,45
|
0,61
|
0,76
|
0,88
|
1,00
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§ 2º É vedada a conversão do tempo de
contribuição da pessoa com deficiência para fins de concessão da
aposentadoria especial de que trata a Subseção IV da Seção VI do
Capítulo II.
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§ 3º Para fins da aposentadoria por idade
da pessoa com deficiência é assegurada a conversão do período de
exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, cumprido na condição de pessoa com
deficiência, exclusivamente para efeito de cálculo do valor da renda
mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência.
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Art. 70-G.
É facultado ao segurado com
deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie de
aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.
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Art. 70-H.
A critério do INSS, o
segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia
própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.
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Parágrafo único. Após a concessão das aposentadorias na forma dos arts. 70-B e 70-C, será observado o disposto nos arts.
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Art. 70-I.
Aplicam-se à pessoa com
deficiência as demais normas relativas aos benefícios do RGPS." (NR)
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§ 1º Para os fins deste artigo, é vedada:
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I - conversão do tempo de contribuição exercido em atividade sujeita à condições especiais, nos termos dos arts. 66 e 70;
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II - conversão do tempo cumprido pelo
segurado com deficiência, reconhecida na forma do art. 70-D, em tempo de
contribuição comum; e
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III - a contagem de qualquer tempo de serviço fictício.
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§ 5º A certidão referente ao tempo de
contribuição com deficiência deverá identificar os períodos com
deficiência e seus graus." (NR)
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Parágrafo único. Não se aplica a tabela de
que trata o caput para os benefícios de aposentadoria por tempo de
contribuição e por idade garantida aos segurados com deficiência, de que
tratam os arts. 70-B e 70-C." (NR)
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§ 1º O segurado, inclusive aquele com
deficiência, que tenha contribuído na forma do caput e pretenda contar o
tempo de contribuição correspondente, para fins de obtenção da
aposentadoria por tempo de contribuição ou de contagem recíproca do
tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal.
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§ 2º A complementação de que trata o § 1º
dar-se-á mediante o recolhimento sobre o valor correspondente ao limite
mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser
complementada da diferença entre o percentual pago e o de vinte por
cento, acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 5º da
Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
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§ 3º A contribuição complementar a que se
refere os §§ 1º e 2º será exigida a qualquer tempo, sob pena do
indeferimento ou cancelamento do benefício.
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Art.
2º A pessoa com deficiência poderá, a partir da
entrada em vigor deste Decreto, solicitar o agendamento de avaliação
médica e funcional, a ser realizada por perícia própria do INSS, para o
reconhecimento do direito às aposentadorias por tempo de contribuição ou
por idade nos termos da
Lei Complementar nº 142, de 8
de maio de 2013
.
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§
1º Até dois anos após a entrada em vigor deste Decreto será realizada a
avaliação de que trata o caput para o segurado que requerer o benefício
de aposentadoria e contar com os seguintes requisitos:
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I - no mínimo vinte anos de contribuição, se mulher, e vinte e cinco, se homem; ou
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II - no mínimo quinze anos de contribuição e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher, e sessenta, se homem.
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§
2º Observada a capacidade da perícia própria do INSS, de acordo com a
demanda local, poderá ser realizada a avaliação do segurado que não
preencha os requisitos mencionados no § 1º.
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Art.
3º O ato conjunto a que se refere o caput e o
§ 4º do art. 70-D do
Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de
1999
, será editado em até 45 dias,
contados da data de entrada em vigor deste Decreto.
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Art.
4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
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Brasília, 3 de dezembro de 2013; 192º da Independência e 125º da República.
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