LUTO: NELSON MANDELA
LUTO: NELSON
MANDELA
“Em missa,
Desmond Tutu afirma que sul-africanos devem se tornar 'memorial' de Mandela ao
incorporar seus valores
Pessoas em
toda a África do Sul e no restante do mundo estão homenageando Nelson Mandela,
morto na quinta-feira, com música, lágrimas e preces, enquanto o governo
sul-africano prepara cerimônias que atrairão líderes e outras autoridades
mundiais.
Ícone
antiapartheid da África do Sul: Morre aos 95 anos Nelson Mandela
Em uma missa
nesta sexta-feira, o arcebispo emérito Desmond Tutu disse que o líder
antiapartheid que se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul
gostaria que os próprios sul-africanos se transformassem em seu
"memorial" ao aderir aos valores de unidade e democracia que ele
incorporou.
Partidários
em luto se reúnem do lado de fora da casa de Mandela em Johanesburgo, assim
como em sua antiga casa no bairro negro de Soweto.
Repercussão:
Líderes mundiais lamentam morte de Mandela
A associação
bancária da África do Sul disse que os bancos fecharão no dia do funeral de
Mandela. O governo ainda tem de anunciar um cronograma detalhado para o período
de luto, que deve durar mais de uma semana.
Os
sul-africanos acordaram nesta sexta-feira para viver um futuro sem Mandela, e
alguns reconhecem temer que a morte do herói da luta contra o apartheid possa
deixar o país vulnerável a tensões raciais e sociais que ele lutou tanto para
combater.
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Os
sul-africanos ouviram o presidente do país, Jacob Zuma, anunciar na
quinta-feira que o ex-presidente e Nobel da Paz havia morrido em paz na sua
casa, em Johanesburgo, na companhia de familiares.
Obama: ‘Não
consigo imaginar minha vida sem o exemplo de Mandela’
Apesar das
garantias de líderes e figuras públicas de que a morte de Mandela, ao mesmo
tempo que penosa, não vai impedir que a África do Sul siga avançando e se distanciando
do passado amargo do apartheid, alguns ainda expressam inquietações sobre a
ausência física do homem que ganhou fama como um agente da paz.
"Não
vai ser bom. Acho que vai se tornar um país mais racista", disse Sharon
Qubeka, 28 anos, uma secretária da comunidade de Tembisa, que se dirigia ao
trabalho em Johanesburgo. "Mandela era o único que mantinha as coisas
unidas", disse.
Mandela (ao
fundo) chega ao tribunal em Pretória em agosto de 1958, para audiência de
julgamento que durou mais de quatro anos. Foto: AP1/21
Uma
avalanche de tributos se espalhou pelo mundo em homenagem a Mandela, que estava
doente havia quase um ano, vítima de uma enfermidade pulmonar recorrente, com a
qual ele conviveu desde os 27 anos em que viveu em prisões, incluindo na
notória colônia penal de Robben Island.
Para a
África do Sul, no entanto, a perda de seu líder mais amado ocorre em um momento
em que a nação, depois de ganhar reconhecimento global com o fim do apartheid,
vive crescentes conflitos e protestos contra serviços precários, pobreza,
criminalidade, desemprego e escândalos de corrupção que atingem o governo de
Zuma.”
*Com AP e
Reuters
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