“OAB
Nacional defende manutenção das petições em papel junto com PJe
terça-feira,
3 de dezembro de 2013 às 21h37
Brasília –
“Não podemos aceitar que a defesa da sociedade corra o risco de não ser
realizada em razão da falta de estrutura do próprio Estado”, destacou nesta
terça-feira (03) o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho,
ao afirmar que a entidade irá requerer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a
manutenção do peticionamento em papel de forma concomitante ao Processo
Judicial eletrônico (PJe).
Marcus
Vinicius afirmou que nos próximos dias uma comitiva de advogados de todos os
estados brasileiros irá ao CNJ levar a reivindicação pela manutenção do
peticionamento em papel.
“Não somos
contra os avanços promovidos pelo processo eletrônico, mas está comprovado que
o sistema vem sendo instalado de maneira açodada, sem considerar as necessárias
condições técnicas e os aspectos humanos envolvidos na transição. Não se pode
avançar sobre a segurança jurídica, tornando um sistema com inúmeras falhas,
como única opção de se buscar o acesso à justiça”, destacou Marcus Vinicius. O vice-presidente da entidade, Claudio
Lamachia, que é, também, coordenador nacional do Fórum Permanente de Discussão
do Processo Judicial Eletrônico do Conselho Federal da OAB, destacou que um
recente levantamento realizado pelo Fórum apontou a ausência de banda larga em
milhares de comarcas de sul a norte, e a falta de estrutura de energia
elétrica, que causa inúmeros apagões, dois grandes entraves para a utilização
segura do PJe.
Outro ponto
fundamental, conforme o vice-presidente, é a “falta de acesso pleno do sistema,
que acaba tornando impossível a sua utilização por parte dos advogados cegos,
além da sua inconformidade com o Estatuto do Idoso, público que também enfrenta
grande dificuldade com a acessibilidade dos programas em utilização no
judiciário brasileiro”. Até o momento, apenas o sistema desenvolvido pela
Justiça do Trabalho acenou com a sua adequação, atendendo pleito da OAB
Nacional. A Ordem iniciará nos
próximos dias a coletar assinaturas junto a advocacia brasileira, ao Ministério
Público e a magistratura, em apoio à manutenção do peticionamento em papel, de
forma concomitante ao eletrônico.”

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