“Lista tem 26 dos 104 palestinos que deixarão prisões israelenses em 9
meses como parte de acordo por diálogo
Israel divulgou nesta segunda-feira (12) os nomes
de 26 prisioneiros palestinos, a maioria deles presos por participarem de
ataques mortais, que serão libertados nesta semana como parte de um acordo,
promovido pelos EUA, para recomeçar as negociações com os palestinos.
Israelenses e palestinos vão reiniciar conversas em
Jerusalém na quarta-feira, após uma rodada preparatória ocorrida há duas
semanas em Washington. A libertação dos prisioneiros, esperada para
quinta-feira, é parte de um acordo para reiniciar os diálogos após cinco anos
sem avanços.
O destino dos prisioneiros palestinos desperta
fortes emoções dos dois lados, destacando as animosidades do conflito. A
libertação é um assunto delicado em parte porque muitos dos que serão soltos
estavam envolvidos na morte de israelenses.
"É doloroso pagar um preço tão alto somente
como uma concessão para o diálogo", disse Pini Rotenberg, depois de falar
que um dos prisioneiros libertados matou seu pai, Isaac.
No campo de refugiados Bureij, em Gaza, Fatima
Nashabat disse que estava contando as horas para a libertação de seu marido,
Mohammed, que passou os últimos 23 anos de sua vida na prisão.
"Noite passada, quando disseram que ele
estaria no primeiro grupo, nossa casa se transformou em uma grande pista de
dança", disse ela, que é mãe de quatro filhos.
Fatima não quis dizer por que seu marido havia sido
preso, mas autoridades israelenses disseram que Nashabat foi condenado a 25
anos de prisão pela morte de um soldado israelense.
Ao todo, 104 prisioneiros palestinos serão
libertados em quatro fases durante os nove meses estabelecidos para as
negociações entre Israel e Palestina.
O Serviço Penitenciário de Israel divulgou na
internet os 26 nomes na manhã desta segunda-feira. Vinte e um prisioneiros do
grupo foram condenados por assassinatos, enquanto os outros estavam envolvidos
em tentativas de homicídio ou sequestros.
Os palestinos querem estabelecer um Estado
incluindo territórios capturados por Israel na guerra de 1967. A paralisia
diplomática dos últimos cinco anos ocorreu em grande parte por causa da
construção de assentamentos israelenses em áreas que os palestinos querem para
seu futuro Estado.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP)
Mahmoud Abbas há muito tempo insistia que só voltaria à mesa de negociações se
Israel congelasse as construções. O premiê israelense Benjamin Netanyahu se
recusou a por fim ao estabelecimento das casas.
O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry,
conseguiu dar prosseguimento às negociações, e Abbas retirou a condição do fim
dos assentamentos para dar início ao diálogo. Em troca, Kerry ganhou de Israel
um acordo para libertar os 104 prisioneiros palestinos”.
Comentários
Postar um comentário
Qualquer sugestão ou solicitação a respeito dos temas propostos, favor enviá-los. Grata!